Recapitulando a temporada 2020 – SAFETY

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OLÁ, QUEIJAS E QUEIJOS!

Iniciaremos uma série de análises sobre o desempenho de cada posição na temporada passada, com estatísticas, rendimentos, observações e notas. O texto de hoje é sobre o grupo de SAFETIES. Vamos lá!

A preferência de Mike Pettine por defesas mais leves, colocou grande parte da carga defensiva nos ombros dos safeties. E analisando a profundidade da posição, pode-se dizer que foram muito bem. Adrian Amos e Darnell Savage foram uma bela dupla de safeties que propiciaram, no seu melhor, estabilidade defensiva e uma pitada de playmaking.

Infelizmente para os Packers, a estratégia de Pettine não confiava apenas ao plantel da posição sua função como safety; na maioria das vezes, Pettine queria três safeties em campo, e foi aí que os problemas começaram.

Tirando Amos e Savage, os demais safeties ou eram limitados (Will Redmond), ou estavam machucados (Raven Greene) ou era muito crus (Vernon Scott, Henry Black) para terem algum impacto e a defesa sofreu com isso.

Se há uma posição que tende a melhorar sob a tutela de Joe Barry, numa nova filosofia, podem ser o grupo de safeties, porque dificilmente veremos Barry se apoiar tanto neles como era no sistema de Pettine.

(Foto: Reprodução Site Oficial/Packers)

Adrian Amos

(Foto: Reprodução Site Oficial/Packers)
  • 1.008 snaps - Defesa (98.15%) / 40 snaps - ST (9.30%)
Tackles (TKL)83 (2)
PBU 9
INT2
Sacks2

Se Za’Darius Smith é considerado o tiro certeiro de Brian Gutekunst na Free Agency, Adrian Amos não fica muito atrás. Ele tem sido constante e confiável no backfield dos Packers, algo que não tínhamos desde o apogeu de Morgan Burnett. Em dois anos de Green Bay Amos não perdeu um jogo e também quase nenhum snap. Em 2020 o vimos em campo por mais de 98% das pressões defensivas dos Packers. Para efeito de comparação, nenhum outro jogador dos Packers tem marca superior à 88%. As 900 jogadas de scrimmage de Jaire Alexander ficam bem atrás das 1008 de Amos.

As chamadas “splash plays” nunca foram o forte de Amos, mas ele compensa isso com uma versatilidade incomparável, vigiando snaps como deep safety, no box, como slot corner e em vários outros pontos do campo. Embora a defesa como um todo possa ter tido seus problemas nesta temporada passada, o próprio Amos continuou sendo uma peça de xadrez muito valiosa.

NOTA: A

Darnell Savage

(Foto: Reprodução Site Oficial/Packers)
  • 876 snaps - Defesa (85.30%) / 53 snaps - ST (12.33%)
Tackles (TKL)75 (3)
PBU12
INT4
Sacks1

É fácil ver porque os Packers gostaram tanto de Darnell Savage a ponto negociarem na primeira rodada do draft de 2019 para pegá-lo. Sua rara combinação de ferramentas físicas e habilidades com a bola o tornara um parceiro ideal para Adrian Amos, cuja presença mais próxima a linha de scrimmage poderia ser acompanhada pelo atleticismo esguio de Savage nas porções profundas do campo.

Porém, durante a primeira metade da temporada de 2020, Savage parecia perdido, incapaz de controlar seus dons físicos. Durante os oito primeiros jogos da temporada, Savage não teve nenhuma interceptação e defendeu apenas dois passes.

Na reta final, entretanto, ele foi posicionado de maneira um pouco diferente em campo. Jogando mais perto da linha de scrimmage, Savage começou a preencher a folha de estatísticas. Todas as quatro interceptações e as mais dez defesas de passe ocorreram na segunda metade da temporada. Savage parecia ser o craque que os Packers esperavam que ele pudesse se tornar.

Infelizmente, os holofotes implacáveis da glória na NFL balançaram o caminho de Savage nos playoffs e diante da oportunidade de fazer uma jogada no maior palco, ele ficou aquém. Após os Packers empatarem com os Buccs no NFCCG em um empolgante passe de 50 jardas de Rodgers para MVS, parecia que havia uma oportunidade real dos Packers retomarem o ímpeto do jogo. E com os Buccs em uma terceira para nove, na linha de 28 jardas em seu próprio campo, os Packers pareciam prontos para fazer exatamente isso. Mas quando os Buccs lançaram e Godwin superou Savage em profundidade para o ganho de 52 jardas, e com a corrida de Fournette para o touchdown na jogada seguinte, os Buccs não perderam mais a liderança.

NOTA: A-

Will Redmond
  • 340 snaps - Defesa (33.11%) / 238 snaps - ST (55.35%)

Estatísticas, dados, gráficos são coisas engraçadas. Por melhor que seja detalhar as estatísticas, e que está disponível no box score, há sempre alguns aspectos de subjetividade para decidir que ganha o crédito (ou culpa) de uma determinada jogada. Bem, e geralmente acontece. E no caso de Will Redmond, para qualquer pessoa a quem você perguntar, ela vai concordar que ele foi o culpado por um monte de jogadas ruins na secundárias dos Packers.

(Foto: Reprodução Site Oficial/Packers)

De acordo com Pro Football Reference, Redmond permitiu 15 passes completos em 22 vezes em que foi alvo como defensor primário, cedendo 214 jardas e um touchdown. De acordo com Sports Information Solutions, ele sofreu 12 passes completos em 18 alvos. Pro Football Focus o culpa por 17 em 24 alvos. Vê onde isso vai? Embora as pessoas discordem nos detalhes, elas concordam que para os ataques, era quase sempre uma boa ideia lançar contra Will Redmond.

É provável que Redmond tenha sido vítima das circunstancias, pelo menos em partes. Mike Pettine gostava de jogar com três safeties, e quando estava em campo Amos e Savage, sem dúvida Redmond era o alvo mais atraente para os adversários. Mas é isso que você enfrenta como defensor como profissional, e Redmond não estava a altura disso. Por suas deficiências na defesa, Redmond foi novamente figurinha carimbada nos special teams. Ele registrou o terceiro maior números de snaps na unidade, somando três tackles em cobertura de chutes.

NOTA: D

Raven Greene
  • 324 snaps - Defesa (31.55%) / 112 snaps - ST (26%)
  • 44 tackles
  • 5 PBU
  • 1 INT
  • 1.5 sacks

Se você estivesse projetando um híbrido de safety/linebacker, provavelmente pensaria em alguém que se parece muito com Raven Greene. Infelizmente, deixando de lado o potencial tentador, isso é sobre tudo que Greene foi capaz de oferecer. Greene não traduziu suas oportunidades em muita produção e se machucou com a maior frequência possível, jogando em apenas 12 dos 32 jogos possíveis nas duas últimas temporadas.

(Foto: Reprodução Site Oficial/Packers)

Em 2020, Greene fez a maior parte de seu trabalho no box. De acordo com PFF, ele alinhou lá quase como um linebacker em 200 de seus 324 snaps defensivos. Ele foi um problema em cobertura tão grande quanto Redmond. Greene e Redmond juntos “mancharam” a imagem do grupo de safeties atrás de Amos e Savage. Se o novo coordenador Joe Barry tem a intenção de usar mais de dois ao mesmo tempo, os Packers provavelmente precisarão de um upgrade aqui.

NOTA: C-

Vernon Scott
  • 89 snaps - Defesa (8.67%) / 184 snaps - ST (42.79%)

Escolha de sétima rodada no último draft, Vernon Scott projetou-se como um membro do special team enquanto novato. Possuindo bom tamanho e capacidade atlética, pareceu um pêndulo na cobertura.

Fiel a essa projeção, Scott passou a maior parte de seu 2020 cobrindo chutes. Quando entrou em campo, foi apenas em garbage time, em alguma participação especial. Ele marcou dois dígitos nas jogadas defensivas apenas cinco vezes em seus quinze jogos, cada um deles em vitórias confortáveis dos Packers.

(Foto:Reprodução Twitter Oficial/Scott)

Com 6’2 e 203lb, Scott continua sendo um bom prospecto, ao menos em suas características. Ele não deve ter problemas em competir por oportunidades maiores em 2021, e mesmo que não chegue a campo na defesa, deve ter um papel como special teamer.

NOTA: C

Henry Black

  • 27 snaps - Defesa (2.63%) / 112 snaps - ST (26%)

Free agent não draftado de Baylor, Black é outro jogador híbrido safety/linebacker, tendo jogado em ambas posições no esquema 3-3-5 de Baylor. Black se alinhou principalmente como safety em seus 27 snaps nesta temporada e 112 snaps com o time de especialistas. Ele empatou com seu companheiro safety Vernon Scott e o rusher Randy Ramsey em terceiro lugar com 4 special teams tackles.

Na defesa, Black foi normal da melhor maneira possível. Não foi culpado por nenhuma jogada importante e não teve nenhum tackle perdido digno de nota. Como um novato não draftado, realizando tarefas pontuais, foi bem o suficiente. Além disso foi parte responsável no divertido fumble que selou a vitória dos Packers sobre os Texans.

NOTA: B-

GERAL

Em geral, muito em parte por conta dos titulares da posição, o grupo de safeties teve um bom ano. Seja cumprindo seu papel na parte profunda do campo, desviando e interceptando passes, ou cobrindo chutes no time de especialistas, fizeram um trabalho decente. Ponto negativo e deixando a desejar quando um terceiro se alinhava na defesa e este terceiro era o alvo.

NOTA DA POSIÇÃO: B+

Texto baseado em Jon Meerdink, original AQUI.

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