OLÁ A TODOS, QUEIJAS E QUEIJOS!
(Fonte: reprodução site oficial / Green Bay Packers)
Se tem um jogador em nosso elenco que divide opiniões e gera discussões acaloradas nas redes sociais é Rashan Gary. Parte da torcida ainda não perdoou o fato do nosso GM Brian Gutekunst ter gasto uma escolha alta de primeira rodada (12ª escolha geral do draft de 2019) em um jogador cru e que precisaria ser bastante lapidado. Além disso, naquela offseason, Green Bay havia assinado com dois EDGE rushers (Preston Smith e ZaDarius Smith), diminuindo ainda mais a necessidade de usar uma pick alta para a posição. Bom, escolha feita. Restou à torcida apenas apoiar e orar para que Gary evoluísse tecnicamente.
2019 foi um ano difícil para o calouro, mas não para o pass rush dos Packers. Os Smith Brothers explodiram e se tornaram uma das melhores duplas de EDGEs da liga (26 sacks combinados). Restou ao primeiroanista míseros 24% dos snaps de defesa, apenas 2,0 sacks e 5 pressões totais. Se por um lado “não precisamos” de Rashan, por outro foi um ano do contrato de calouro de um jogador de primeira rodada “perdido”, visto que seu impacto no time foi praticamente nulo.
2020 chegou e as coisas mudaram bastante. Preston Smith teve uma baita regressão (2019 havia sido o melhor ano de sua carreira) e ZaDarius precisou ser usado em vários snaps por dentro da linha defensiva, visto a falta de talento na posição. Pode-se dizer que Gary aproveitou bem as oportunidades que teve. Além da nítida evolução técnica, vimos um jogador mais leve e mais fluido, com muito mais facilidade em chegar ao QB e colapsar o pocket adversário. Foram 5,0 sacks e 19 pressões(39 segundo PFF) totais na temporada regular (mais 1,5 sacks no confronto divisional contra os Rams), isso com apenas 44% dos snaps!
Outros números corroboram para a evidente evolução de Rashan. Abaixo, uma comparação entre o percentual de pressões totais de alguns dos melhores pass rushers da liga como segundanistas:
- Joey Bosa – 14,2%
- Khalil Mack – 14,1%
- Rashan Gary – 13,2%
- JJ Watt – 12,1%
- TJ Watt – 11,4%
- Chandler Jones – 10,1%
- Cameron Jordan – 7,5%
Além disso, Nick Shook, redator do “Around the NFL” publicou um texto em 27/05 sobre o top 10 dos jogadores mais “disruptivos” da liga em 2020. É claro que o sack é a ferramenta mais importante para se medir o nível de impacto que um pass rusher tem, porém não é o único. Quantos EDGES sackadores se beneficiaram de seus parceiros (JJ Watt ao lado de Whitney Mercilus, Von Miller ao lado de DeMarcus Ware, TJ Watt ao lado de Cam Heyward, isso só para citar alguns) para “inflar” seus números. Em resumo, tão importante quanto colocar o QB no chão é tornar a vida dele um inferno com o pocket entrando em colapso pouco tempo após ele receber a bola do Center, e isso Rashan Gary faz muito, muito bem. Dito isso, Gary ficou em nono lugar na lista, com uma taxa de disrupção de 15,1% (a efeito de comparação, Aaron Donald ficou em sexto com 15,5% e TJ Watt é o primeiro com 18,4%).
Tudo isso nos leva a crer que na próxima temporada, Rashan Gary tem tudo para ter seu “breakout year” (ano em que o jogador explode na liga). Provavelmente terá mais snaps e evoluirá mais ainda tanto no aspecto técnico quanto físico. Se ele conseguir aumentar o repertório de pass rush dele e chegar de forma mais consistente ao QB adversário, Gary poderá se tornar em pouco tempo um dos melhores EDGEs da NFL, sem necessariamente ser um sackador nato. Fora que o jogador já demonstrou ser muito dedicado nos treinos, com uma mentalidade muito voltada a se tornar o melhor jogador possível para a franquia. Não se espante se 2021 for o melhor ano do nosso pass rush em muito tempo!
Pesquisa feita pelo Pro Football Reference.
(Fonte: reprodução site oficial / Green Bay Packers)
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