(Reprodução: Site Oficial/Green Bay Packers)
QUEIJOS E QUEIJAS!
Com o final precoce da temporada do Packers após a derrota para o San Francisco 49ers no Divisional Round, é hora de juntar os cacos e pensar no futuro. Porém, antes disso vamos dar uma passada pelo que foi o ano de 2021, unidade por unidade, posição por posição. Esse será o nosso "Recapitulando a temporada" de 2021. Analisando os pontos bons e ruins de cada setor e jogador do Packers.
LINHA OFENSIVA
Unidade que em 2021 começou a sofrer antecipadamente com a lesão de David Bakhatiari ainda na temporada 2020 e que teve seus problemas, especialmente com lesões em todo ano. Em certo momento da temporada, o Packers teve quatro dos cinco titulares fora por algum tipo de inaptidão física. Porém, mesmo nessas adversidades o Packers conseguiu ter pontos positivos, especialmente descobrindo bons reservas com nível para brigarem pela titularidade.
CENTER: Josh Myers e Lucas Patrick
Um terço das nove escolhas que o Packers teve no Draft de 2021 foram direcionadas para a linha ofensiva. Uma delas foi para trazer o C Josh Myers. Escolha de segunda rodada, Myers chegou para substituir Corey Linsley vindo de uma temporada All-Pro. A missão não era fácil, o começo foi difícil - especialmente no quesito comunicação - e suas lesões não ajudaram o camisa 71 a evoluir o máximo possível.
Ele começou um total de 6 partidas oficialmente, porém em uma delas ele acabou por jogar apenas 4 snaps antes de se lesionar. Em campo, Myers cedeu 8 pressões e nenhum sack em 293 snaps jogados. Myers será o titular do Packers pelos próximos anos e já foi elogiado por vários membros da comissão técnica devido a sua inteligência em campo. Com uma temporada completa a tendência é que se desenvolva mais ainda e se torne uma grande peça do ataque
Enquanto Myers esteve fora, quem era responsável por entregar as bolas para Aaron Rodgers foi Lucas Patrick. Ele que é guard naturalmente, executou a função de center de forma bastante correta e não comprometeu, tendo sido responsabilizado por apenas um sack sofrido em 13 jogos em que ele começou como titular. Patrick também atuou nos dois lados da linha como guard, e teve justamente seu pior jogo no momento decisivo da temporada, nos playoffs contra o Niners.
GUARD: Elgton Jenkins, Jon Runyan Jr. e Royce Newman
Nosso canivete suíço. Elgton Jenkins foi mais uma vez uma peça fundamental na linha ofensiva do Packers. Atuando em diferentes locais, passou a maior parte do tempo substituindo David Bakhtiari na posição de LT, mesmo sendo um guard de origem. Porém, assim como Bakhtiari, sofreu uma lesão de ligamento que deverá deixá-lo fora de ação até pelo menos setembro. Em campo, ele foi espetacular na proteção do passe e melhor ainda na abertura de bloqueios para o jogo corrido.
Além de Jenkins, dois jogadores bastante novos e que tem muito a evoluir. Newman foi, ao lado de Myers, titular em boa parte da temporada mesmo sendo um novato escolha de quarta rodada. Ele foi enviado para o banco somente na semana 18 com a volta de dois titulares, David Bakhtiari e o próprio Myers. Assim como nosso center, Newman sofreu em diversos momentos, dores do crescimento, nada anormal. Para 2022, tem chances de ser titular mesmo com todos saudáveis, especialmente devido a saídas quase certas de outros nomes da OL como o próprio Lucas Patrick.
Já Jon Runyan chegou em seu segundo ano com boas expectativas em cima dele. E é possível dizer com todas as letras que o camisa 76 correspondeu muito bem e está forte na briga para ser titular em 2022. Runyan foi o oitavo melhor entre os guards na proteção de passe, segundo o PFF, e mostrou que seu tempo em campo em 2020 rendeu boas experiências para o ano seguinte. Sendo uma escolha de sexta rodada, já é possível afirmar sim que Runyan foi um grande acerto do GM e da comissão técnica.
TACKLE: Billy Turner, Dennis Kelly, Yosh Nijman e David Bakhtiari
Titular há dois anos (antes como RG e desde 2020 como RT), Turner provavelmente teve sua melhor temporada com a camisa do Packers, cedendo apenas um sack e cometendo três penalidades em toda a temporada. Como boa parte da linha ofensiva de Green Bay durante o ano, sofreu com lesões que o tirou de ação durante alguns jogos. Retornou no Divisional Round como LT e não comprometeu.
Quando machucado, Turner foi substituído por Dennis Kelly. Jogador que veio como free agent antes do inicio dos treinamentos após jogar como titular a temporada passada inteira pelo Titans. E fez um trabalho bastante consistente quando exigido. Contudo, no jogo chave da temporada, foi engolido por Nick Bosa, cedendo um sack e cinco pressões. Kelly será free agent nesta offseason.
Do outro lado da linha a maior surpresa da OL do Packers. Yosh Nijman, um agente livre não draftado, apareceu pela primeira vez na semana 3, contra o mesmo 49ers. Substituindo Elgton Jenkins, fez um trabalho excelente e mostrou que merecia a confiança de todos. Jogou como titular por oito jogos e trabalhou bem quando exigido, mesmo enfrentando excelentes defensores.
Nijman jogou na posição que geralmente é ocupada por David Bakhtiari. Nosso LT All Pro ainda sofreu com resquícios da lesão sofrida no final da temporada passada, tendo jogado apenas uma partida como titular. Contra o 49ers, ficou de fora e a expectativa do torcedor é de que o camisa 69 retorne 100% para o início da próxima temporada.
CONCLUSÃO
Apesar de todos os pesares, a linha ofensiva do Packers fez um trabalho bastante honesto na temporada. Méritos também para a comissão técnica que soube como potencializar as habilidades de cada um - prova desse bom trabalho foi a promoção do técnico de OL Adam Stenavich para coordenador ofensivo - e de Aaron Rodgers para diminuir o tempo de pressão sobre a OL. É claro que com uma linha ofensiva 100% saudável os desempenhos teriam grandes chances de serem melhores, mas no geral a unidade fez um bom trabalho no que foi exigida, com falhas, é claro, mas que não comprometeram na maioria dos momentos.
E VOCÊ TORCEDOR? O QUE PENSA DA NOSSA OL? ACHA QUE AS LESÕES FORAM FUNDAMENTAIS NA TEMPORADA? CURTA E COMENTE!
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