QUEIJAS E QUEIJOS!
Aconteceu torcedores cheeseheads! Aaron Rodgers tem seu contrato oficialmente estendido e fica no Green Bay Packers.
Para começar, vamos passar pelo básico: Se ele ainda estava sob contrato (que iria até o fim de 2023), por que toda essa comoção dele ficar ficar ou não? São dois grandes motivos: Sua vontade própria e como o resto de seu contrato estava amarrado.
Rodgers expos publicamente no começo da temporada passada que a relação entre ele e a comissão diretiva do Packers não era das melhores e ideal em seu ponto de vista. Entretanto, relatos (tanto dele quanto do GM Brian Gutekunst e do CEO Mark Muprhy) foram mostrando que isso estava ficando para trás. A relação melhorou e chegou a termos em que todos achassem correto. O perigo dele sair para jogar em outro acabara.
Porém, o perigo da aposentadoria ainda existia. Segundo o ex-punter hoje apresentador Pat McAfee, amigo pessoal de Rodgers, ele realmente pensou em parar de jogar. Mas não foi o que aconteceu.
Agora, a parte financeira: Mesmo sob contrato e querendo jogar, seria impossível ele jogar com o atual contrato, pois seu cap hit (o espaço que ocuparia na folha salarial) seria gigantesco: U$46.664.157 milhões de dólares. Com a situação apertada de Green Bay na folha, para ele ficar, apenas um movimento seria possível: Renovar, adicionar anos e jogar o dinheiro para frente, abrindo bastante espaço em 2022 e até 2023.
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Nova extensão contratual
Agora vamos para a parte complicada: Destrinchar esse contrato. No geral, é uma extensão de 2 anos no valor total (com o dinheiro do contrato antigo incluso) de 101.5 milhões. Somando com o ano final de Rodgers do contrato antigo, ficaria 3 anos-$150.8 milhões. Com isso, a distribuição fica:
- $42 milhões em 2022;
- $59.515 milhões em 2023;
- $49.3 milhões em 2024;
Então o impacto na folha salarial aumentou muito, certo? Não. O Packers usou um artifício chamado "bônus opcionais", permitindo que jogue todo esse dinheiro para frente, e nesse caso, foi muito dinheiro: $59.3 milhões em 2025 e $53 milhões em 2026. Com tudo isso, o impacto de fato fica:
- 2022: $28.5 milhões (18 a menos do que estava antes da extensão);
- 2023: $31.6 milhões;
- 2024: $40.7 milhões;
Resumindo: O impacto na folha de Rodgers em 2022 e 2023 é excelente. Ele não será nem um dos 10 mais bem pagos em média para 2022 e com o crescimento da folha em 2023, a mesma coisa.
Preço a pagar
Mas é claro que tudo isso tem um preço. Com o dinheiro jogador para frente, caso Rodgers se aposente ao final de 2023, ele deixaria um dead money (dinheiro fixo gasto para algum jogador que não está no time) de $68.5 milhões para 2024 e diante, o maior dead money da história.
O contrato novo é sim amigável para a folha salarial - apenas se estiver no time e até 2024 - e abre a janela total para vencer agora. Após Rodgers sair, seja em 2023 ou 2024 (nesse caso com o impacto de 40.7 milhões mesmo), o rebuild vai chegar de uma forma ou outra.
Outro ponto interessante - que pode ou não fazer diferença para o torcedor - é que esse contrato praticamente define Rodgers se aposentado em Green Bay, jogando sua carreira inteira na franquia.
PS: Tom Pelissero do NFL Network e Rob Demovsky da ESPN serviram de base para analisar os números.
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