Imagem: Site Oficial / Green Bay Packers
QUEIJAS E QUEIJOS!
As escolhas foram feitas! Mais um draft se foi e o Green Bay Packers reforçou seu elenco com onze jovens recém saídos do College, além dos UDFAs (jogadores não draftados que assinaram com a franquia) que você pode conferir clicando aqui. Os nomes já foram analisados individualmente aqui no site, mas no geral, como o Packers se saiu no draft de 2022? O time realmente atacou as necessidades? O valor posicional de cada escolha foi correto? Será que os recém-chegados são o suficiente ou a franquia ainda deve se reforçar na free agency? Vamos ao resumo e à análise da classe de 2022 do Green Bay Packers! Você pode acessar as análises individuais dos jogadores clicando no nome de cada um.
ROUND | PICK | JOGADOR | POSIÇÃO | COLLEGE |
1º | 22 | Quay Walker | LB | Georgia |
1º | 28 | Devonte Wyatt | DL | Georgia |
2º | 34 | Christian Watson | WR | North Dakota State |
3º | 92 | Sean Rhyan | OT/OG | UCLA |
4º | 132 | Romeo Doubs | WR | Nevada |
4º | 140 | Zach Tom | OL | Wake Forrest |
5º | 179 | Kingsley Enagbare | EDGE | South Carolina |
7º | 228 | Tariq Carpenter | S | Georgia Tech |
7º | 234 | Jonathan Ford | DL | Miami |
7º | 249 | Rasheed Walker | OT | Penn State |
7º | 258 | Samori Toure | WR | Nebraska |
Em um ano em que tinha muitas escolhas, o Packers conseguiu atacar as principais necessidades do elenco ao longo dos sete rounds do draft. Certamente a parte mais carente do elenco, o corpo de recebedores foi reforçado com três nomes: Christian Watson, Romeo Doubs e Samori Toure. Após não selecionar um wide receiver no primeiro dia, o GM Brian Gutekunst foi agressivo logo no início do segundo, escalou o board (troca junto ao Minnesota Vikings) e adicionou o primeiro recebedor da classe ao time. No sábado, o Packers abriu e fechou o terceiro dia também com wide receivers. Outro setor em que eram esperados reforços era a linha ofensiva, por questões de profundidade, e Sean Ryan, Zach Tom e Rasheed Walker foram escolhidos para se juntar a Green Bay. Posições que também precisavam de atenção, como EDGE e safety, receberam um jogador cada, nos nomes de Kingsley Enagbare e Tariq Carpenter, respectivamente.
Em outros casos, como a linha defensiva, o que já parecia bom ficou melhor ainda: dois nomes, Devonte Wyatt e Jonatahn Ford, se juntaram ao setor, com destaque para o primeiro, e o Packers tem tudo para ser uma força nas trincheiras defensivamente. Além disso, o LB Quay Walker, primeiro selecionado por Green Bay no draft, chega como um jogador que pode agregar muito tanto na cobertura do passe como mais perto da linha de scrimmage e será interessante ver como o DC Joe Barry irá utilizá-lo. É bom também destacar que muitos dos jogadores selecionados tem experiência no time de especialistas, unidade que vem sendo a pior do time há alguns anos. O único destaque negativo, talvez, seja a falta de um tight end na classe, posição na qual se esperava um reforço.
Ao olharmos para o valor posicional de cada da escolha, ou seja, se a qualidade do jogador e a necessidade do time em reforçar a posição são proporcionais ao momento em que foi feita, temos destaques negativos e positivos. No início do draft, o Packers fez duas seleções no mínimo questionáveis ao recrutar Quay Walker na pick #22 e Christian Watson na #34. Walker, a primeira escolha feita, é LB de origem, uma posição que não era uma necessidade clara, e, além disso, muitos analistas o viam como uma escolha de segunda rodada. Isso não quer dizer que o jogador seja ruim (longe disso, inclusive), porém foi difícil entender a seleção naquele momento, principalmente considerando alguns ótimos nomes disponíveis no board em posições mais carentes, como EDGE, safety e wide receiver. Já Watson levantou dúvidas por conta do valor pago por Green Bay na troca com Minnesota: duas escolhas de segunda rodada (#53 e #59) pela #34, considerado por muitos um preço caro por um jogador que, apesar da qualidade e do enorme potencial, não parece preparado para assumir o posto de WR1 do time.
Todavia, se em escolhas iniciais o valor foi questionado, em outras mais tardias Gutekunst e sua turma deram show. Já quase ao fim da terceira rodada, na escolha #92, o Packers selecionou o OL Sean Rhyan, jogador cotado pela maioria dos analistas para sair no início da segunda rodada e que chega para, provavelmente, ser titular. Outros destaques são o EDGE Kingsley Enagbare, que era previsto para o fim da segunda ou início da terceira rodada, e foi escolhido já no quinto round (pick #179), além do OT Rasheed Walker, projetado entre a terceira e a quarta rodadas, que foi selecionado no sétimo e último round (pick #249). Esses dois, principalmente Walker, tiveram suas quedas relacionadas a problemas de lesão, é verdade, mas o talento e o potencial demonstrado em campo os colocam como possíveis grandes "steals" de Green Bay no draft.
Algo interessante a ser notado é o perfil dos jogadores selecionados pelo Packers: a maioria é extremamente atlética, uma tendência que se afirmou em 2022. A fim de comprovar isso, podemos observar o RAS (Relative Athletic Score), um índice que mensura a capacidade atlética de um jogador (0 à 10), considerando a posição em que atua. Dos onze jogadores da classe, sete tem RAS acima de 8.00, com destaques para WR Christian Watson (9.96), OL Zach Tom (9.92), LB Quay Walker (9.62) e DL Devonte Wyatt (9.60), que têm marcas muito acima da média (você pode conferir os índices de todos os nossos calouros no site packerswire). Por conta das lesões ao final da temporada do College, o OT Rasheed Walker não esteve apto para os testes físicos (portanto não tem índice RAS), porém demonstra em campo também uma ótima capacidade física. Essa preferência da franquia por jogadores muito atléticos pode fazer a diferença durante a temporada, principalmente no time de especialistas, que passa por reformulação após anos desastrosos.
Por fim, podemos avaliar o draft do Green Bay Packers como um dos melhores da franquia nos últimos anos, atacando a maioria das necessidades, conseguindo bons valores em rodadas mais tardias e, o mais importante, adicionando jogadores que podem fazer a diferença ao elenco. É esperado que o time ainda vá atrás de nomes na free agency (além dos UDFA's, como já citado na matéria), principalmente buscando TE e safety, mas adicionar pelo menos um EDGE e um WR veteranos pode ser importante para o sucesso da equipe na temporada que começa em setembro. Trocas parecem mais longe de acontecer neste momento, mas não podemos descartar a hipótese. Enquanto isso, será interessante acompanhar o time, em especial os calouros da classe de 2022, no training camp e nós do CheeseHeads Brasil continuaremos de olho em tudo!
E você, gostou do draft do Packers em 2022? Comenta aí!
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