QUEIJAS E QUEIJOS!
São cinco jogos de temporada regular e o Packers ainda não pagou a promessa feita por HC Matt LaFleur, GM Brian Gutekunst e QB Aaron Rodgers de ter "a defesa mais dominante da liga". Pelo contrário, a cada semana mostra mais desordem, sendo dominada e explorada por conceitos básicos como rotas cruzadas e bootlegs (corridas do quarterback) sendo realizados por jogadores medianos, como os recebedores reservas de Buccaneers e Giants.
As críticas feitas na direção de DC Joe Barry são mais que justas e inúmeras, como foi comentado em nosso pós jogo. Entretanto, mesmo esquemas ruins e pouco favoráveis podem se transformar em jogadas positivas se as execuções em campo são boas. E isso não está acontecendo, especialmente por parte da secundária e dos linebackers.
Um dos principais trunfos do time na temporada passada - que foi muito diferencial em comparação a defesa de ex-DC Mike Pettine - era a qualidade do time em tacklear. Somando temporada regular e playoffs, o Packers foi o segundo melhor time em tackles em 2021 de acordo com o PFF, com uma nota de 78.1 (Eagles com 80.1 foi o primeiro). Na temporada atual? O time ocupa apenas a 16º colocação no quesito, com uma nota de 55.5.
LB De'Vondre Campbell - que foi All-Pro - perdeu apenas quatro em dezessete jogos. Fazendo a média de tentativas de tackles totais por perdido, isso resultou em uma taxa de 2.6% de tackles perdidos. Na temporada atual, o jogador está com uma grande taxa - negativa - de 19%. Já são sete tackles errados totais em apenas cinco jogos, quase o dobro da temporada passada inteira. Uma regressão gigantesca, sendo sua pior na carreira em nota de tackling (48.0).
Mas não é apenas o linebacker o responsável por essa involução. CB Eric Stokes foi responsável por quatro tackles perdidos em 2021 inteiro. São são dois na atual temporada. Mantendo essa média, vai quase quadriplicar a marca anterior. DT T.J Slaton foi responsável por apenas um erro ano passado, mas já foram quatro nessas cinco primeiras semanas. S Adrian Amos perdeu seis a temporada anterior e já foram dois esse ano.
Levando em conta que franquia focava no lado defensivo da bola, investindo grande em reforços para a unidade (DT Devonte Wyatt, DT Jarran Reed, LB Quay Walker), o cenário se torna ainda pior. O que observamos nos jogos não é apenas falta de força e explosão, que ajudam em uma disputa de força para derrubar o carregador. São erros técnicos, de ângulo para atacar, de não usar o ombro ou ir nas pernas nas horas certas.
É claro que, de certa forma, a responsabilidade é ou deveria ser do treinador e da comissão técnica. Eles que realizam os treinos, montam os drills e mostram os caminhos para seus jogadores. Partindo do pressuposto que a preparação em si não mudou tanto (e pelo que sabemos por jornalistas, não mudou), é difícil acreditar que o novo esquema defensivo, focado na defesa em zona tenha sido a única responsável por todos esses problemas.
Mesmo nessa bagunça criada por DC Joe Barry, o Packers poderia estar um pouco melhor se seus jogadores estivessem em um nível próximo do que mostraram na temporada passada que foi longe de ser uma defesa brilhante como um todo mas, pelo menos, realizava muito bem os fundamentos.
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