Foto: Reprodução / site oficial packers
QUEIJAS E QUEIJOS!
O Green Bay Packers enfrentou e foi derrotado pelo Buffalo Bills no Sunday Night Football. Vamos ao pós-jogo!
PACKERS | 17 @ 27 | Bills |
---|---|---|
398 | JARDAS TOTAIS | 369 |
190 | JARDAS AÉREAS | 216 |
208 | JARDAS TERRESTRES | 153 |
6.3 | JARDAS POR JOGADA | 6.8 |
21 | FIRST DOWNS | 20 |
8(58) | PENALIDADES (JARDAS) | 4(35) |
1 | TURNOVERS | 2 |
33:48 | TEMPO DE POSSE | 26:12 |
História da Partida:
1º Tempo:
A defesa do Packers conseguiu forçar um 3-and-out na primeira campanha do Bills de maneira surpreendente, dando a chance para o ataque que conduziu boa campanha, especialmente pelo jogo terrestre. Em uma quarta descida, a pressão entra pelo meio e o Packers devolve a bola. Logo em seguida, o Bills encaixa uma corrida de 30 jardas contra uma defesa completamente perdida e termina com o touchdown. Um pouco mais de três minutos depois, após um punt de Green Bay em 3-and-out, Josh Allen acha Diggs no fundo da endzone, queimando totalmente Rasul Douglas. Num piscar de olhos, 0-14.
Como vem acontecendo nos primeiros tempos, a esperança veio na posse seguinte. Trabalhando demais as corridas laterais, o Packers conseguiu conquistar jarda por jarda, gastando relógio, cansando a defesa e explorando Aaron Jones ao máximo e A.J Dillon ao máximo. Com um drive de oito minutos, Aaron Rodgers lança linda bola para Romeo Doubs, que faz uma recepção contestada excepcional. 7-14.
Mas como também vem acontecendo a temporada toda, depois de voltarmos para o jogo, o time da um jeito de estragar tudo. A defesa, de novo, bagunçada e mal treinada, não consegue resistir aos passes no meio do campo de Allen - passes esses que vem nos prejudicando a temporada toda. Além disso, Quay Walker é penalizado com uma falta de 15 jardas e é expulso. Resultado? Corrida lateral de McKenzie, que passa com muita facilidade por Amos. 7-21.
E não acabaria por aqui. O Bills ainda chegaria ao field goal no fim do 2º quarto. 7-24.
2º Tempo:
Na volta para o segundo o tempo, Packers faz de novo boa campanha e termina com um touchdown de Robert Tonyan, mas é anulado após marcação de falta terrível e completamente inexplicável. O ataque não consegue entrar na endzone novamente e se contenta com apenas um field goal. O Bills também consegue o mesmo na posse seguinte. 10-27.
Nas quatro posses seguintes, duas de cada lado, aconteceram quatro turnovers. Duas interceptações de Josh Allen e uma interceptação de Rodgers, além de outra conversão de quarta descida que não deu certo para o time.
Com tudo isso acontecendo em pouco tempo de intervalo, ainda existia uma remota chance para o Packers. Aaron Rodgers faz campanha espetacular, com quatro passes maravilhosos para Doubs, Tonyan, Amari Rodgers e Samori Toure, que anota o touchdown depois de rota perfeitamente executada. 17-27.
Se a defesa do Packers forçasse três jogadas e um punt, Packers ainda teria mais de cinco minutos para trabalhar, mas não acontece. Ela cede três first downs para o Bills, que gasta quatro minutos de relógio. O tempo mínimo restante serve apenas para Crosby errar um field goal. Fim de jogo.
Análise e destaques da partida:
A cada jogo fica mais claro que o maior problema do Packers é o planejamento para a temporada, envolvendo elenco e - especialmente - comissão técnica. Não existe dúvidas alguma que DC Joe Barry não tem a mínima capacidade de comandar uma unidade, seja ela boa um ruim. Jaire Alexander jogou muito bem, mas ficou longe de Stefon Diggs praticamente o jogo inteiro, deixando Douglas, Savage e Stokes sofrendo com um dos melhores wide receivers da liga.
Defesa recuada demais com um box extremamente leve. O Bills entrou no jogo com um dos piores ataques terrestres da liga, e mesmo assim conseguiu 153 jardas. Josh Allen é um grande quarterback, mas é sabido o quanto ele sabe se mover para escapar da pressão e transformar situações desfavoráveis, e mesmo assim Barry não teve resposta alguma, sempre deixando o meio campo aberto sem nenhum linebacker para cuidar da região e parar Allen.
Em questão de performances individuais, nós já sabemos o que da errado. DT Dean Lowry é um jogador terrível de quase 140kg que é dominado diversas vezes por tight ends (lembrando, ele é um defensive tackle). DT Jarran Reed é razoável no pass rush mas é horrível contra a corrida. Devonte Wyatt, primeira rodada, jogou apenas dez snaps.
E o que falar de Darnell Savage, que errou praticamente tudo no jogo: Leitura terríveis, tentativas de tackles tenebrosas e uma péssima referência defensiva no fundo do campo. Hoje, seria mais do que justo se tornar reserva de Rudy Ford. Porém, vamos lembrar que o GM Brian Gutekunst já ativou seu 5º ano de contrato para temporada que vem e coloca-lo no banco hoje iria por essa decisão em cheque.
Outro erro dos muitos de Gutekunst foi o altíssimo investimento na posição de linebacker. Walker - primeira rodada- foi expulso no primeiro tempo e Campbell - renovação grande de contrato - não voltou para o segundo tempo lesionado. McDuffie, com menos de 50 snaps totais na carreira, e Wilson, que estava no PS do Saints, jogaram e não mudou nada (ou melhorou). É inadmissível Quay Walker ser expulso da maneira que foi: Empurrou um dos treinadores do Bills que o ajudou a levantar na sideline. P-L-A-N-E-J-A-M-E-N-T-O.
Já no ataque, Aaron Jones brilhou muito, tendo 143 jardas terrestres e com uma média de 7.2 jardas por corrida. O Bills estava com um box leve e podemos dizer que fazia parte do jogo deles "ceder esses pequenos ganhos pelo chão", mas ainda sim, é óbvio a qualidade Jones. Zach Tom jogou de left guard, sofreu demais protegendo para o passe mas foi bem abrindo espaço nas corridas.
Outra coisa que fica escancarada é que os jovens merecem mais chances. Samori Toure, Romeo Doubs e, acreditem, Amari Rodgers não produzem tão menos que Sammy Watkins e Allen Lazard nesse começo, mas tem potencial para isso. HC LaFleur também tentou envolver mais o TE Josiah Deguara - 45% dos snaps - que jogou muito bem. Muitas corridas de Jones e Dillon foram por causa de bloqueios essenciais do terceiranista. WR Christian Watson começou bem mas saiu lesionado no sexto snap ofensivo.
O resultado é terrível, a comissão técnica pior ainda e o planejamento do GM Gutekunst é impossível de ser adjetivado. Mas alguns jovens mostraram ser promissores, especialmente no lado ofensivo. E além disso, os jogadores em nenhum momento desistiram, jogaram com o coração, o que é difícil sendo comandados por Joe Barry e afins.
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Pílulas da coletiva
- HC Matt LaFleur:
- Sobre a expulsão de Quay Walker: "É o tipo de coisa que tenho zero tolerância";
- "Eu quero um time mais disciplinado. As faltas estão nos matando".
- QB Aaron Rodgers:
- "Nós tínhamos muitas jogadas desenhadas para Christian Watson. Mas ninguém vai sentir pena da gente. Temos que ganhar o jogo de qualquer jeito"
- ASSISTA NOSSA REAÇÃO E ANÁLISE LOGO APÓS A PARTIDA NO VESTIÁRO CHEESEHAD:
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