(Foto: Reprodução/AP Photo/Adrian Kraus)
QUEIJAS E QUEIJOS!
Esse texto é uma tradução literal do artigo espetacular escrito por Bill Huber para Packers Central.
No dia 1 de novembro de 2022, a esperança de Aaron Rodgers ganhar um segundo Super Bowl pode ter acabado para sempre.
Talvez Rodgers volte para Green Bay para mais uma temporada. Talvez ele seja trocado e vá continuar sua corrida pelo título em outro lugar. Ou, talvez, acabou. E se for esse o caso, se Rodgers está no meio do último ano de sua lendária carreira, sua perseguição atrás do cobiçado segundo título pode ter acabado com uma lamúria na terça-feira.
O Green Bay Packers não fez nenhum movimento no último dia da janela de trocas. Eles não fizeram trocas quando tinham um time estrelado, e não fizeram uma troca sequer esse ano, mesmo com o elenco "implorando" por ajuda.
Ele pensou que deveria construir outro elenco calibre-campeão, dessa vez com uma defesa leite boa o bastante para superar sua troca por Davante Adams. Em algum momento, com Matt LaFleur direcionando o barco, Rodgers no volante e três recebedores que chegaram via draft, o ataque iria decolar.
Nada disso aconteceu. A defesa vem sendo uma grande decepção e o ataque continua a mesma coisa que o da semana 1. Por que gastar dinheiro no que é ruim? Seria Chase Claypool o desfibrilador que faria esse ataque ressuscitar? Ou a paciência verde e dourada já acabou faz tempo, e o preço colocado de uma segunda rodada (e mais) seria muito alto para a inevitável reconstrução que está chegando?
Honestamente, provavelmente o último.
Tom isso sendo dito, é Aaron Rodgers. Não, ele não está jogando no seu padrão esse ano. Não, ele com 38 anos, talvez não seja bom o suficiente para amarrar esse time no braço direito e fazer outra daquelas sequências de vitórias lendárias. Mas Allen Lazard, Chase Claypool e, vamos dizer, Romeo Doubs seria um excelente ponto de virada para o jogo de passe começar a melhorar. Um ataque de passe competente e um excelente running back pode ser uma formula vencedora nos playoffs.
Caras como Rodgers são jogadores de um por geração. Que o Packers foi de Favre para Rodgers é quase impossível nas probabilidades. Aquela escolha de segundada que poderia ter ido para Pittsburgh na troca por Claypool seria útil em um mondo pós-Rodgers? Claro que sim. Mas se você não tem quarterback, quem liga?
Primeiro lugar, se o Packers pensasse que Jordan Love seria o próximo "cara", eles não teriam movido céus e terra para trazer Rodgers de volta. Caso Gutekunst tivesse trocado Rodgers na última intertemporada, ele poderia ter recebido um punhado de escolhas de primeira rodada em troca, além do quarterback que escolheu a dedo em 2020.
Ao invés disso, era Rodgers ou nada.
Mas apenas por oito jogos.
Quando Rodgers falar no vestiário depois do treino de quarta-feira, ele provavelmente vai falar as coisas certas. Ele vai dizer que acredita em seus recebedores, que acredita na defesa para virar a chave, na sua habilidade para liberar o inferno em cima de seus adversários com seu braço direito.
Provavelmente, ele também vai saber, no fundo de seu coração, que vai ser muito difícil levar esse time aos playoffs, especialmente ao Super Bowl. Ele vai dar tudo que tem. E, provavelmente, não vai ser o suficiente.
Agora, imagine que você era Rodgers durante as novidades de terça-feira. Nas últimas três datas finais de troca, o Packers estava 7-1 (2019), 5-2 (2020) e 7-1 (2021). Esse ano, está com uma sequência de quatro derrotas seguidas. Gutekunst não fez nenhum movimento em cada uma dessas vezes. Enquanto isso, na terça-feira:
- O Minnesota Vikings, depois de duas temporadas negativas e que combinaram para 12 jogos atrás do Packers na NFC Norte, conseguiu uma troca com o Detroit Lions pelo tight T.J Hockenson.
- O Chicago Bears, que está nos primeiros estágios para reconstrução e não terminam na frente do Packers na divisão a muito tempo, trocaram uma segunda rodada por Chase Claypool.
- O Buffalo Bills, que já é favorito ao Super Bowl, adquiriu o faz-tudo Nyheim Hines do Colts e o safety Dean Marlowe do Falcons.
- O Miami Dolphins, que está 5-3 depois de perder os playoffs nas últimas cinco temporadas, fez a grande troca do dia adquirindo o pass rusher Bradley Chubb do Denver Broncos.
- Baltimore Ravens pegando a estrela Roquan Smith junto ao Bears
- E o Eagles, com já uma das melhores defesas da liga, adquirindo o pass rusher Robert Quinn.
Todas essas trocas. Todos times tentando ficar melhores. Todos indo com tudo.
E o Packers? Nada. como sempre. O Packers não vem sendo "comprador" desde 2010, quando mandou uma escolha condicional para o Jacksonville Jaguars, adquirindo o safety Anthony Smith, dias antes do dia final. Ele jogou quatro jogos.
Ultimamente, existem muitos motivos do porque a grande trajetória de Rodgers em Green Bay possa acabar com apenas um Super Bowl. O fiasco do special teams ano passado contra o 49ers. A lesão de David Bakhtiari e o estádio vazio contra o Buccs em 2020. Performance patética da defesa, como contra o 49ers em 2019. Uma pane histórica como contra o Seahawks em 2014. Algumas performances não decisivas do quarterback também. Tudo parte do ensopado.
E, também, a falta de movimentos certeiros. Por muito tempo, o Packers tenta viver com um pé plantando na atual temporada e o outro no futuro. Subir no draft para um quarterback na primeira rodada, mesmo com Rodgers levado o time para a final de conferência? Claro. Desistir de uma escolha futura para adicionar uma ou duas peças nas datas finais de troca em 2019, 2020 e 2021? Nunca. Desistir de uma escolha futura para dar vida ao atual elenco? Não, obrigado.
E então o GM do Packers Ron Wolf assinou com Andre Rison e ganhou o Super Bowl em 1996. O Rams assinou com Odell Beckham e trocou por Von Miller e ganhou o Suber Bowl em 2021. As vezes, você precisa ir. Quem liga para o próximo ano se o anel de Super Bowl dura para sempre?
Gutekunst não foi com tudo na terça. No fim das contas, nesse caso, foi provavelmente a decisão correta. Mas foi uma decisão emblemática sobre como a franquia gere seus negócios. O Packers vem sendo muito bom em ser muito bom. O Packers vem sendo terrível em ser grande. E agora, se esses nove jogos podem ser realmente os últimos de Aaron Rodgers pelo Packers, quem sabe quando a franquia vai ter outra chance para a grandeza?
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