QB Aaron Rodgers afirma que polegar quebrado não está afetando sua performance de maneira impactante

QUEIJAS E QUEIJOS!

Ao final do jogo contra o Giants em Londres, na semana 5, Aaron Rodgers tenta um hail mary e acaba sendo sackado por Oshane Ximines. Durante o processo de sack, o braço de Ximenes acerta a mão de lançamento do quarterback, que estava em movimento para o passe. Com forças opostas na colisão, ficou claro que o polegar de Rodgers havia sido lesionado.

Após o incidente, virou rotineira a ausência de Rodgers no primeiro dia de treino de cada semana e uma bandagem protetora no polegar em todos os jogos, que duram até hoje. Em diversos momentos contra diferentes adversários foi possível observar Rodgers demonstrar dor no polegar e a interferência simples dos médicos.

No dia 26 de outubro, Rodgers foi perguntado se, especificamente, o dedo estava quebrado. Sua resposta, como sempre, brincando com as palavras, foi que "estava machucado".

Dias depois, na sua participação semanal no programa de seu amigo PatMcAfee, novamente não afirmou nada revelador, dizendo que "já havia jogado com dedos quebrados antes".

Todavia, depois de uma performance ruim contra o Titans, especialmente uma grande falta de precisão no fim do jogo, quando errou passes fáceis e importantes, pareceu o momento para a confissão.

Nas entrevistas de vestiário na última quarta-feira (25/11), Rodgers admitiu que seu polegar está quebrado desde a semana 5, sofrido no fatídico lance.

"Eu já joguei com lesões piores durante a minha carreira", afirmou o quarterback. Segundo o próprio, a fratura não está afetando sua performance diretamente e que não vai usar como desculpa. Segundo Rodgers, seu dedo estava doendo muito contra o Dallas, sua melhor partida na temporada.

"Quando eu erro, uma em cada cem é culpa do meu polegar".

Mas será que realmente a diferença é tão pequena assim? Vamos dar uma olhada em alguns números essenciais antes e depois da lesão (segundo PFF):

PERÍODO	% DE PASSES COMPLETOS	TOUCHDOWNS	INTECEPTAÇÕES	PASSES LONGOS CONSIDERADOS "PERFEITOS" (big time throw)	PASSES POSSÍVEIS DE TURNOVER	RATING
ANTES DA LESÃO (5 JOGOS)	68.4%	8 (1.6/jogo)	3 (0.6/jogo)	9 (1.8/jogo)	4 (0.8/jogo)	97.6
DEPOIS DA LESÃO (6 JOGOS)	62.9%	11 (1.83/jogo)	4 (0.66/jogo)	15 (2.5/jogo)	5 (0.83/jogo)	95.3

De fato, de maneira capital, não parece ser um grande de divisor de águas. Rodgers manteve os números de touchdowns, interceptações (margem de diferença minúscula) e até aumentou a quantidade de passes longos perfeitos. O que realmente vem fazendo a diferença está no primeiro fator: Precisão pura.

No jogo contra o Titans, Lazard está livre para uma passe de média distância e Rodgers errou feio. No mesmo jogo, uma jogada parecida com Watkins. Contra o Lions? O mesmo problema.

Com um grupo limitado de recebedores, cada 1% de passe não completo faz uma enorme diferença no ataque, especialmente na progressão do campo, ficando pouco tempo em campo e esgotando a própria defesa.

Entretanto, está nítido que até mesmo antes de lesionar seu polegar, seu rendimento e especialmente números de segurança com a bola já estavam abaixo de sua média habitual.

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