Queijos e queijas, o Packers perdeu para o Eagles na abertura da temporada, na histórica partida realizada no Brasil. Mas por que?
Foi uma partida bastante disputada, mas o Green Bay Packers saiu derrotado na abertura da temporada 2024-25. Com os outros resultados de domingo, o Packers atualmente é o último da NFC North, e corre contra o tempo para entender o que houve com Jordan Love e como proceder. Porém, há outros motivos para preocupação.
Sim, o ataque vacilou em muitos momentos, como pode ser visto pelo volume de passes de Love e seu baixo número de passes completos na partida (17/34 nos passes). Mesmo com os dois touchdowns passados, a impressão que deu no final das contas foi que a pontuação surgiu muito mais pelo talento individual do que pelo coletivo. Isso ficou evidente na falha da equipe em capitalizar sobre os turnovers. Foram duas interceptações que deixaram a equipe perto da redzone adversária e, ainda assim, foram apenas 6 pontos conquistados nessas campanhas. Os problemas de Matt LaFleur em chamar jogadas, em especial dentro da redzone, voltaram à mostra, e a equipe precisa corrigir isso o mais breve possível.
Sem pressão, sem vitória
Mesmo com os turnovers, porém, a defesa chama atenção. E, infelizmente, de maneira negativa. Foram 34 pontos sofridos, com Saquon Barkley somando 100 jardas corridas e AJ Brown somando 100 jardas recebidas. Jaire Alexander, mesmo com a interceptação, foi queimado a partida toda pelo WR de Philly. Se mesmo com turnovers forçados não foi possível a vitória, de quem é a culpa? Para LaFleur, está bem claro.
Eles estavam passando por nós como queriam. Eu esperava mais de nossos apressadores de passe hoje e, quando conseguíamos pressionar, muitas vezes parecia que sempre havia alguém livre.
De fato, o Packers falhou na pressão à Jalen Hurts durante toda a partida. Para se ter noção da ineficiência da unidade, o melhor jogador pressionando Hurts foi o CB Keisean Nixon, com três (!!!) pressões e nota 92.3 segundo o PFF (ProFootballFocus).
Criador: Stacy Revere | Crédito: Getty Images
Dois dos três principais EDGEs da equipe, Rashan Gary e Preston Smith não conseguiram pressionar Hurts em nenhum momento, e os dois reservas da posição (Lukas Van Ness e Kingsley Enagbare) tiveram um rendimento um pouco melhor, mas nada próximo do ideal. Essas foram as notas da unidade, novamente segundo o PFF.
- EDGEs
- Lukas Van Ness - 58.2
- Kingsley Enagbare - 50.5
- Rashan Gary - 56.6
- Preston Smith - 50.5
- Interior DL
- Kenny Clark - 68.1
- Devonte Wyatt - 61.1
- Karl Brooks - 60.8
- TJ Slaton - 57.5
A volta da fraqueza contra a corrida
Outro ponto que chamou bastante atenção foi a fraqueza contra o jogo corrido, algo já comum nos últimos anos. Embora exista essa ideia de que Saquon Barkley dominou o jogo terrestre e venceu a partida, observando mais de perto não foi exatamente isso que aconteceu. Enquanto Barkley teve 4.5 jardas por carregada, Josh Jacobs somou uma eficiência muito maior, com 5.2 jardas por carregada. O problema, porém, foram as big plays conquistadas por Saquon Barkley e sua enorme eficiência na redzone. Mesmo com menos jardas por carregada, Barkley terminou com 2 touchdowns corridos e um recebido, os três dentro da redzone (as últimas 20 jardas do campo de ataque).
"Tivemos alguns erros," completou LaFleur. "No jogo corrido, tivemos alguns apagões que deram a Saquon espaço para explodir dentro de nossa defesa e nos punir. Não podemos cometer esse tipo de erro contra uma boa defesa."
Contra o jogo corrido, nossos iDL tiveram notas ainda piores que as notas pressionando o QB adversário. Wyatt teve nota 50.9, Slaton teve nota 50.0, Clark teve nota 41.6 e Brooks terminou a partida com nota 39.6, todas de acordo com o PFF.
Criador: Icon Sportswire | Crédito: Icon Sportswire via Getty Images
E para o futuro?
A próxima partida do Packers é contra o Indianapolis Colts, que conta com o RB Jonathan Taylor e o QB Anthony Richardson como principais armas correndo com a bola. A unidade precisa melhorar urgentemente sob o comando de Hafley, e precisa neutralizar as corridas adversárias para não deixar o jogo se perder.
Porém, a maior urgência é o pass rush. Uma equipe que não pressiona o adversário tende a ter uma vida difícil na NFL. Afinal, se o QB não é pressionado, ele consegue conectar passes e dar ritmo ao jogo, fazendo a defesa e o adversário sangrar aos poucos. Um bom pass rush auxilia a secundária, que passa a ter melhor eficiência defendendo os WRs e tendo mais chances de criar turnovers na partida.
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