Na partida contra o Arizona Cardinals, o Packers mostrou no ataque o quão versátil pode ser e deu um recado aos adversários: escolha quem te fará sofrer!
Na partida da semana 6, o Packers enfrentou um Cardinals que conta com um recebedor calouro de alto calibre e uma defesa fraca. E, contra essa defesa fraca, Green Bay mostrou seu potencial ofensivo ao encaixar basicamente todas as possíveis armas de Jordan Love. Ao todo, sete jogadores diferentes tiveram ao menos uma tentativa de corrida na partida, sendo que o destaque ficou com Josh Jacobs, com 62 jardas em 18 carregadas (média de 3.4 jardas por carregada). No jogo aéreo, ao todo 9 jogadores tiveram ao menos um alvo na partida, com destaque para o trio de jovens recebedores de Green Bay. Óbvio que a equipe não terá essa oportunidade todas as semanas, mas o Packers deixou claro que, com todos saudáveis, é muito difícil de parar esse ataque.
Variedade no jogo corrido
Um detalhe ofensivo que chama a atenção em Green Bay é a variedade no jogo corrido da equipe. Antes da temporada começar, o trio de corredores da equipe parecia ter fechado em Josh Jacobs, MarShawn Lloyd e AJ Dillon. Antes da temporada, porém, Dillon lesionou e está fora da temporada, enquanto o calouro Lloyd também foi movido para a lista de IR e deve perder grande parte da temporada. Com isso, a comissão técnica decidiu manter Jacobs e utilizar Emanuel Wilson como RB2 da equipe, o que acabou se provando uma excelente decisão.
Enquanto Jacobs é o melhor corredor da equipe e o que mais tem volume, Wilson se torna uma arma surpresa no ataque e tem um aproveitamento melhor correndo. A ideia é simples: dar volume para os dois RBs, punir a defesa e mantê-los saudáveis durante a temporada toda. Além dos dois, Green Bay usa uma enorme variedade de jogadores com carregadas durante a partida, como os WRs Bo Melton e Jayden Reed. Basta, por exemplo, ver a partida contra Arizona. Embora o melhor corredor da equipe tenha sido Josh Jacobs com apenas 62 jardas, a equipe somou ao todo 38 carregadas e 179 jardas corridas totais.
Trio de WRs jovens se prova uma dor de cabeça ao adversário
Na semana 5, contra o LA Rams, o Packers não tinha à disposição dois de seus três principais recebedores. Christian Watson estava fora por lesão, enquanto Romeo Doubs foi punido pela diretoria por má conduta e pegou um "gancho" de uma partida. Uma semana depois, Green Bay tinha os dois de volta para completar o trio com Jayden Reed. E aí não precisa falar a dor de cabeça que esse trio causa à defesa adversária, certo? Os três são jovens, produtivos e se complementam muito dentro de campo.
Dan Powers/USA TODAY NETWORK-Wisconsin / USA TODAY NETWORK via Imagn Images
Watson é, em teoria, o recebedor mais talentoso do trio. Com bastante velocidade, Watson é o cara da big play, do passe em profundidade que queima a secundária. Contra Arizona, foram três recepções para 68 jardas e um touchdown, sendo que ele foi responsável pela jogada de maior ganho em toda a partida, uma recepção de 44 jardas que resultou no seu touchdown. Já Reed se tornou o WR1 da equipe dada sua consistência e constância na partida. Com excelentes mãos, Reed é um ótimo corredor de rotas, se tornando um alvo de segurança para Jordan Love. Na semana 6, Reed somou 6 recepções em 6 alvos, com 28 jardas e um touchdown.
Agora, Romeo Doubs. O terceiranista foi suspenso por um jogo por má conduta depois de faltar aos treinos da equipe. Doubs teve algumas reuniões com a diretoria do Packers, entre eles o GM Brian Gutenkust e o HC Matt LaFleur. Pediu desculpas e recebeu uma nova chance de mostrar seu talento em campo, e definitivamente não decepcionou. 4 alvos, 3 recepções, 49 jardas recebidas e dois touchdowns, seus dois na temporada até então. Ambos os touchdowns foram em recepções elásticas no canto do campo, se esticando para receber, conseguindo manter o equilíbrio e marcando seus TDs.
Matt LaFleur e a genialidade ofensiva
É chover no molhado, mas Matt LaFleur novamente se mostra uma excelente mente ofensiva. Ainda com Aaron Rodgers, muito era falado se o ótimo ataque da equipe era fruto de seu trabalho ou simplesmente de ter um dos melhores quarterbacks de toda a liga em campo. Depois de dois anos sem Rodgers, já é justo falarmos que realmente era fruto de seu trabalho. LaFleur consegue extrair o máximo de suas peças, além de ter ativamente participado da montagem desse elenco. Foi ele quem draftou todas essas peças que hoje são vitais nesse ataque. Love, Reed, Watson, Doubs, Musgrave, Kraft, Wicks... Todos esses jogadores vieram diretamente do draft, e todos foram escolhidos diretamente durante o período de LaFleur.
LaFleur escolheu seus jogadores, montou seu elenco e seu esquema ofensivo. Um arsenal vasto, que dá dor de cabeça aos adversários em todas as instâncias diferentes. E o recado aos adversários está mais do que claro. Contra Green Bay, é necessário escolher por onde sofrer.
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