Entrevistas com Aaron Jones e Adrian Amos

Olá, cabeças de queijo! Faltam 105 dias para o começo da temporada regular, e contando! Enquanto isso, mais um dia de offseason. Nesta quinta-feira (27), Aaron Jones e Adrian Amos concederam entrevistas ao canal oficial dos Packers, no qual responderam algumas perguntas de jornalistas e insiders do mundo da NFL por videoconferência.

Confira os assuntos abordados e as respostas dadas pelos jogadores.

Começando com Aaron Jones:

  • A escolha de um running back na segunda rodada do draft em seu ano final de contrato.

"Eu sei que não tenho controle sobre isso, a escolha não me decepcionou. Trouxeram competição para elevar o nível de competitividade e produtividade em vários setores de campo. Não estou surpreso, na NFL nunca sabemos o que pode acontecer." (...) "Eu aposto em mim e acredito que eu possa jogar em um nível alto por um longo tempo. Não tenho olhado para o mercado de running backs ou algo do tipo, tenho procurado focar em mim e no que sou capaz e assim poder ter uma vida longa nos Packers, é meu objetivo." (...) "Eu sempre estarei motivado, seja meu primeiro ano de contrato ou último, vou continuar meu trabalho e fazer o que estiver sob meu alcance."

  • Relação e expectativas com A.J Dillon.

"AJ tem sido ótimo, desde o seu primeiro dia vem falando comigo, ele está pronto para aprender. Ele me manda mensagem para conseguir entender o playbook o mais rápido possível, está com fome de jogo. Estou ansioso para jogar com ele e ajudá-lo o máximo possível."

  • Sobre ser usado como recebedor, aberto e recebendo passes.

"É divertido jogar aberto, sinto que saindo desse espaço e conseguindo trabalhar em campo livre, seria uma coisa boa, vou ter minhas chances. Ano passado com a chegada do LaFleur, ele falou para nós, running backs, sobre como queria nos envolver no jogo aéreo. Tenho trabalhado para melhorar e expandir minha árvore de rotas e minhas mãos nas recepções. Estou pronto para o que vier."

  • Sobre as mudanças de marcação que recebeu dos times ao longo da temporada quando posicionado como recebedor. E se isso afetou na redução de sua produtividade nessa função em uma segunda metade da temporada, ou se na verdade teve relação com o desenho de jogo do LaFleur.

"Acredito que seja um pouco dos dois. No começo da temporada, quando estive aberto como recebedor, linebackers costumavam fazer minha marcação com auxílio de safeties no fundo. Depois, no meio da temporada, os safeties fizeram mais essa função, e depois corners. Os adversários mudaram a forma de me marcar. São tipos de cobertura diferentes, que tiveram influência nessa questão da produtividade."

  • A atual situação virtual e o segundo ano de um novo ataque.

"Acredito que as coisas ocorrerão bem quando voltarmos a jogar. Já tivemos um ano juntos. Estamos fazendo nossas reuniões online, mergulhando ainda mais no playbook e vendo mais vídeos, estudando conceitos… Está facilitando nosso trabalho, então acredito que quando voltarmos estaremos prontos." (...) "Nesse momento estamos em um grande breakdown no ataque, expandindo nosso conhecimento do jogo, sem pensar no que será diferente do ano passado. Estamos focados nesse estudo, para entender teorias, saber tempos, tipos de blitz… Tudo no sentido de expandir nosso conhecimento."

  • As expectativas para a voltas das atividades no Lambeau Field depois de um tempo atípico.

"Eu acho que vamos voltar bem, não vai ser um ataque novo. Não vai ser um daqueles anos que vamos chegar e pensar no que estamos fazendo ali. Estamos confortáveis. Tivemos esse tempo de "mergulho profundo". Vamos voltar e botar em prática o que tem sido por vídeos. Lafleur e Rodgers fazem um bom trabalho nisso. O mais desafiador é estar longe de lá."

  • O que se pode esperar do #33 esse ano após uma temporada liderando a NFL em touchdowns.

"Eu quero ganhar o SB, estivemos a um jogo. Sei que é uma coisa que não depende apenas de mim, somos um time, e sentimos que chegamos muito perto. É o nosso objetivo principal e estou focado nisso."

  • As dúvidas sobre a abertura da temporada nesse cenário de pandemia, e o quanto seguro se sente de jogar nessas condições. Além da ausência da torcida.

"Jogar sem torcida seria muito estranho, às vezes eles nos carregam, estão sempre nos motivando. Eu me sinto seguro para jogar pois tenho cuidado suficientemente do meu corpo, da minha higiene, e procurado ter meu sistema imunológico em boas condições."

A seguir, as respostas de Adrian Amos aos assuntos tratados:

  • A defesa de Mike Pettine. Como foi a experiência ano passado, e quais são as expectativas esse ano com alguns jogadores indo para a segunda temporada.

"Ano passado, a essa altura, eu não estava tão por dentro do playbook como estou agora. Esse ano já temos mais conhecimento, e precisamos revisar e estar atentos aos pequenos detalhes que se precisa para jogar nessa defesa. Preciso ser mais rápido em direção a bola, me comunicar melhor, e acredito que isso tudo vale pros meus companheiros. Agora não estamos conhecendo o playbook, e sim tentando aperfeiçoá-lo. Pela defesa, precisamos ser mais rápido e ágeis no conhecimento e pensamento de jogo."

  • A chegada do novo treinador de secundária, Jerry Gray.

"Ele está na liga há algum tempo, tem bastante experiência e conseguiu muito sucesso. Estou aprendendo seu planejamento, e sinto que o conhecimento que ele possui pode ajudar bastante esse setor que ainda é muito jovem."

  • A saída de Tramon Williams e a liderança que precisa herdar, já que agora é o mais veterano do setor.

"Tudo o que posso fazer é ser eu mesmo. Não posso mudar como eu sou e me transformar. Tramon era um exemplo como líder, ele sempre esteve lá e era alguém que podíamos confiar. Aprendi muito com ele temporada passada, sobre como cuidar do meu próprio corpo e como fazer certas coisas, dentro e fora dos campos. Quero ser esse líder em que as pessoas possam ver minhas atitudes e como vivo minha vida."

  • Darnell Savage e as expectativas para seu segundo ano.

"Agora ele conhece mais o playbook e sabe o que esperar dessa próxima temporada. Estamos com a mesma secundária do ano passado, ele sabe onde estarei e o que precisa fazer, então eu sinto que ele possa ter um grande salto de produção. Ele é um jogador muito inteligente e aprende muito rápido, sabemos que ele só vai melhorar com o tempo, aprendendo a velocidade do jogo, dentre outras coisas. Ano passado foi melhorando semana a semana e agora teve essa offseason. Mentalmente, precisamos não só aprender jogadas como também entender alguns ataques da liga e o que eles podem nos proporcionar no jogo."

  • A lesão que sofreu no final da temporada passada e o limitou no jogo de final de conferência contra os 49ers.

"Não tive que passar por nenhum procedimento, me curei bem, e estou 100% agora."

  • Os sentimentos de motivação para essa próxima temporada, passado um tempo desde a derrota na NFCCG.

"Quando se chega tão perto, estar a um jogo do Super Bowl e perder, dói bastante. Mas estamos no mesmo barco agora, precisamos de um começo fresco. Voltar para a temporada como o melhor time que podemos ser, e tirar vantagem de já ter estado naquela situação. Temos chance de chegar ao SB."

  • Sobre as dúvidas se a temporada acontecerá, pela questão da pandemia. E se for confirmada, quanto seguro ele e os jogadores se sentirão.

"Com o passar do tempo a gente passa a entender melhor o que está acontecendo. Eu estou cada vez me sentindo mais seguro para jogar. Não consigo dizer se de fato a temporada ocorrerá ou não, mas eu estou me preparando como se ela ocorresse normalmente."

  • Jogar sem torcida e o quanto isso impacta o jogo.

"Seria diferente, mas treinamos sem os torcedores então não acredito que isso afetará como lido com o jogo. Será um jogo de futebol, não teremos torcedores, mas o adversário também não. Não acredito que seja uma vantagem, mas se é isso que temos que fazer, é isso que faremos, ir lá e jogar." (...) "Em uma jogada de terceira descida, sabemos que o barulho que a torcida faz é uma força extra para nós. Mas jogando sem torcida, quando visitamos nosso adversários, eles também estarão sem, e isso equilibra as coisas. Mas os fãs são uma importante parte do jogo, eles trazem a energia da cidade. Uma coisa que talvez tenha que acontecer, como aconteceu comigo no college quando tinha que jogar em Purdue e não havia muitos torcedores. Meu técnico me dizia, 'Você precisa trazer sua própria motivação hoje'. Precisamos estar focados. Não acredito que os times, ao estarem sem torcida, terão alguma vantagem de jogar em casa sem ser o desgaste com viagens."

(Foto: Reprodução Site Oficial/Green Bay Packers)

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