6 jogadores que precisam mostrar serviço em 2020

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Depois de uma free agent contida e um draft para lá de questionável, ficou bastante claro que os Packers confiam no elenco que têm. Com muitos atletas jovens em praticamente todas as posições, cabe agora à comissão técnica mostrar que pode desenvolvê-los e fazer com que consigam se tornar bons titulares. O Cheeseheads Brasil selecionou seis jogadores que precisam mostrar serviço na próxima temporada. Vejamos quem são!

1 - Equanimeous St. Brown (WR)

Começando pela história recente mais triste do elenco de Green Bay. Escolha de sexta rodada em 2018, foi apenas o terceiro WR escolhido pelos Packers naquele draft, mas demonstrou ser o mais talentoso até o momento. Dono de mãos confiáveis e ótimo catch radius, é um jogador extremamente versátil e que pode alinhar em qualquer função, sendo uma ameaça perigosa na end zone devido à ótima altura (1,96m). Apesar de alto é veloz e ágil, com bom ganho de jardas após a recepção.

Depois de uma temporada de calouro em que teve poucas chances (mas foi bem quando entrou), era esperado que sua produção fosse muito maior em 2019, já que os Packers pouco investiram em WR (exatamente por terem investido tanto no ano anterior). O que era pra ter sido um grande ano terminou em tristeza, antes mesmo de começar. St. Brown teve uma gravíssima lesão no joelho ainda na pré-temporada, durante uma partida contra os Raiders, encerrando de forma melancólica a temporada para ele.

Sendo de uma posição que não foi reforçada mais uma vez e que sente falta de um recebedor número dois, é fundamental que Equanimeous se mantenha saudável e contribua bastante em 2020, se confirmando como titular e produzindo o que se espera dele. Talento e juventude não faltam!

2 – Oren Burks (iLB)

A história de Burks é bastante parecida com a de St. Brown. Escolha de terceira rodada em 2018,  teve pouco espaço na temporada de calouro, quando foi reserva e teve baixa produção. Com as saídas de Jake Ryan e Antonio Morrison, era esperado que ele contribuisse bastante em seu segundo ano na liga. Não aconteceu. Oren lesionou o músculo peitoral ainda nos training camps e perdeu os quatro primeiros jogos. Pior, quando voltou não conseguiu se manter saudável, tendo contribuido apenas nos special teams. Green Bay teve uma das piores defesas contra o jogo terrestre, muito devido ao seu fraquíssimo grupo de inside linebackers.

Em 2020, é de suma importância que Burks recupere sua forma física, já que os Packers perderam Blake Martinez e trouxeram apenas dois jogadores para a posição (iLB’s Christian Kirksey, ex-Browns, que já sofreu com várias lesões e Kamal Martin, prospecto bastante cru. Fica saudável, garoto!

3 – Jace Sternberger (TE)

Pode parecer brincadeira ou algum tipo de zica, mas o terceiro jogador da lista também teve problemas com lesões. Sternberger foi draftado pelos Packers na terceira rodada de 2019, depois ter tido uma boa produção por Texas A&M (foram 832 jardas e 10 touchdowns em 2018). Dono de boas mãos e capaz de executar bloqueios sólidos, foi trazido para se desenvolver e contribuir no médio e longo prazo. Infelizmente, sua temporada de calouro foi encurtada por uma séria lesão no joelho, na última partida da pré-temporada. Conseguiu se recuperar na segunda metade da temporada e entrou bem, com flashes de que pode ser o TE1 que o time há muito tempo não tem.

Em 2020, os Packers cortaram Jimmy Graham e trouxeram apenas um híbido de TE e FB via draft (Josiah Deguara, na terceira rodada). Portanto, Sternberger tem uma chance de ouro de se firmar como titular e contribuir imensamente, tanto na proteção de Rodgers quanto no slot, como recebedor. Só depende dele!

4 – Tyler Lancaster

Lancaster soube aproveitar as oportunidades que teve até então. Assinou com os Packers após o draft de 2018, depois de não ter sido escolhido. Começou no practice squad e foi ativado em seis de outubro daquele ano. Foi ganhando espaço aos poucos, contribuindo nos special teams e em um snap ou outro na defesa. Em 2019, foi muito beneficiado pela saída de Mike Daniels e assumiu a titularidade, tendo jogado todos os jogos da temporada, sendo dez como titular (embora tenha participado em menos da metade dos snaps devido aos pacotes de nickel e dime, algo cada vez mais comum na liga).

É um jogador que apresenta um biotipo adequado e bons atributos físicos, mas que precisa evoluir principalmente quanto à capacidade de pressionar o pocket adversário por dentro. Sua maior força é a contenção ao jogo terrestre, em que se mostrou bastante explosivo.

Em 2020 os Packers renovaram por um ano com o jogador e Tyler precisará mostrar que pode ser o futuro da franquia na posição, conseguindo mais sacks e pressões ao QB adversário. Caso contrário, seu futuro poderá ser longe de Green Bay.

5 – Marquez Valdes-Scantling

Scantling foi draftado na quinta rodada de 2018, sendo o segundo wide receiver selecionado pelos Packers naquele ano. Era um prospecto com ótimos atributos físicos: excelente altura e peso e muito veloz para seu tamanho, sendo uma ameaça perigosa em profundidade. Entretanto, era muito cru na habilidade de correr rotas e o fato de não ter feito os drills de mudança de direção no combine fez com que houvesse muitas dúvidas quanto a sua capacidade de criar separação. Por isso, foi selecionado para se desenvolver e contribuir dentro de dois ou três anos.

Em sua temporada de calouro, ganhou espaço com a lesão de Randall Cobb e soube aproveitar. Entre as semanas 4 e 9, foram 38 recepções para 399 jardas e 2 touchdowns, números bastante sólidos. Ganhou a confiança da comissão técnica e era esperado que crescesse bastante de produção em 2019, já que os Packers viram Cobb ir embora e não trouxeram nenhum reforço para a posição de wide receiver. Bem, é aí que as coisas ficaram esquisitas. Scantling até começou bem o ano, com 21 recepções para 416 jardas nos sete primeiros jogos, com um novo esquema de jogo sendo aprimorado pelo novo head coach Matt LaFleur e um Aaron Rodgers ainda em adaptação. A partir daí, sumiu do campo. Nenhuma lesão grave ou problemas extra-campo foram noticiados, porém nos últimos 8 jogos foram apenas 5 recepções e 36 jardas, números pífios para um jogador que até então estava em ascensão.

É difícil entender o que aconteceu com Scantling. De calouro promissor a um reserva com poucos targets, resta ao jogador mostrar em seu terceiro ano na liga, com um novo treinador de wide receivers, que pode de fato contribuir e ser o recebedor número dois que Green Bay tanto precisa. Talvez a última chance dele na franquia.

6 – Josh Jackson

Terminamos a lista com o jogador que tem se mostrado o maior bust da história recente do draft dos Packers. Terminada a temporada de 2017, era muito claro que Green Bay precisava urgente de reforços na posição de cornerback. O GM Brian Gutekunst não economizou e endereçou logo a posição com as duas primeiras escolhas: na primeira rodada Jaire Alexander e na segunda, Jackson. A euforia tomou conta da torcida. Parecia que uma nova dupla de jovens e talentosos CBs estava a caminho (Jackson foi o líder em interceptações na NCAA em 2017, com oito).

Passados dois anos, os jovens valores tomaram caminhos distintos. Enquanto o primeiro se tornou um dos melhores CBs da NFL, o segundo parece caminhar para o completo ostracismo. Josh até teve uma temporada decente como calouro, tendo jogado todos os 16 jogos e contribuido com tackles e passes desviados (embora não tenha tido nenhuma interceptação). Já em 2019, tudo mudou. Não começou nenhum jogo como titular e quando entrou foi mal. Tentaram mudá-lo para safety, também não adiantou.

É quase um consenso que Jackson não vale hoje a escolha que nele foi gasta e um corte até setembro pode acontecer. Caso permaneça, é essencial que o jogador consiga mostrar que tem bala para ser pelo menos um jogador sólido de rotação, ou a próxima temporada poderá ser em outra franquia para ele.

(Fonte: reprodução site oficial/ Green Bay Packers)

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