OLÁ A TODAS QUEIJAS E QUEIJOS!
A off-season mal começou e o Packers já se movimentou. Com a decisão de partir caminhos com Mike Pettine, a vaga de Coordenador de Defesa, grande calcanhar de Aquiles nas últimas duas temporadas, ficou aberta.
Depois de uma seleção com 7 nomes, com o favorito Jim Leonhard, DC de Wisconsin, recusando a proposta de Green Bay, Joe Barry foi o escolhido por Matt LaFleur para comandar a unidade.
Uma decisão muito questionável inicialmente (explicaremos aqui os porquês) porém passível de esperança que dê certo. Vamos conferir tudo o que sabemos e analisar seus trabalhos já feitos: sua carreira, seus sistemas, sua mentalidade e muito mais. Não esqueci de curtir, compartilhar e BORA LÁ!
(Foto:Reprodução Site Oficial/Rams)
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Perfil
Nascido em Julho de 1970 (50 anos) no Colorado, ex-jogador de Michigan e Southern California, foi diretamente para a parte técnica (começando como Assistente Graduado) e já soma 26 anos de carreira, tendo passagens em diversos times da NFL e do Universitário.
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Currículo de Joe Barry
- USC (Universitário): Assistente Graduado (1994-1995)
- Northern Arizona (Universitário): Técnico de Linebackers (1996-1998)
- UNLV (Universitário): Ténico de Linebackers (1999)
- San Francisco 49ers: Técnico de Controle de Qualidade (200)
- Tampa Bay Buccaneers: Técnico de Linebackers (2001-2007)
- Detroit Lions: Coordenador de Defesa (2007-2008)
- Tampa Bay Buccaneers: Técnico de Linebackers (2009)
- USC (Universitário): Técnico de Linebackers (2010-2011)
- San Diego Chargers: Técnico de Linebackers (2012-2014)
- Washington Redskins: Coordenador de Defesa (2015-2016)
- Los Angeles Rams: Assistente de Head Coach/Técnico de Linebackers (2017-2020)
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Análise da carreira
Interessante observar que a maior parte dessas quase três décadas trabalhando no staff de treinadores, sua grande maioria foi sendo Técnico de Linebackers - inclusive do Tampa Bay campeão do Super Bowl em 2002, onde os LB eram de longe a melhor unidade do time - o que resultou em sua grande primeira promoção para DC.
E ninguém pode tirar seus méritos na posição como treinador da posição:
- Derrick Brooks
- Shelton Quarles (não draftado)
- Cory Littleton (não draftado)
- Mark Barron
São alguns exemplos de jogadores que se tornaram bons/fantásticos após serem treinados e moldados por Barry. Seus comandados sempre o descreveram como "entusiasmado e agressivo", além de ser um cara que inegavelmente trás uma grande energia para seus jogadores. A grande pulga atrás da orelha é sua performance após suas promoções para Coordenador de Defesa em Detroit e Washington, que foi muito ruim como veremos abaixo.
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Coordenador de Defesa no Detroit Lions 2007-2008
Números da defesa (para efeito comparativo, os números de um ano antes dele ser DC e um depois estão inclusos)
Ano | Ranking: Jardas Cedidas | Ranking: Pontos Cedidos |
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2006 (pré-Barry) | 28º | 30º |
2007 | 32º | 32º |
2008 | 32º | 32º |
2009 (pós-Barry) | 32º | 32º |
Bom, quando se é o comandante da pior defesa da liga em dois anos seguidos, não fica fácil "defender", certo? Como uma forma de desafio, vamos tentar:
→Era seu primeiro trabalho como DC até então, sem passar por nenhum cargo de assistência, indo direto de técnico de posição para coordenador da unidade.
→ Detroit tinha depth na defesa completamente horroroso, sem contar suas escolhas defensivas altas no seu primeiro draft lá foram completos busts.
→ Nesse time medonho, seu melhor jogador foi o LB Paris Lenon, que tinha saído de Green Bay sendo um jogador muito ruim e evoluiu bastante com Barry e sua expertise com linebackers.
Talvez não seja o suficiente para justificar os números medonhos, mas é um caminho. Todavia, a questão da defesa ter absolutamente nenhuma evolução de uma temporada para outra, e dessa vez recebendo ajuda. Cliff Avril (Draft) e Ryan Nece (FA) foram dois nomes de peso que deveriam impactar sua unidade e não foi o que aconteceu.
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Coordenador de Defesa no Washington Redskins 2015-2016
Números da defesa (para efeito comparativo, os números de um ano antes dele ser DC e um depois estão inclusos)
Ano | Ranking: Jardas Cedidas | Ranking: Pontos Cedidos |
---|---|---|
2014 (pré-Barry) | 20º | 29º |
2015 | 28º | 17º |
2016 | 28º | 19º |
2017 (pós-Barry) | 21º | 27º |
Aqui já podemos ver uma certa mudança nos seus números. A defesa "enverga, mas não quebra" foi muito vista em seu tempo na capital. Melhorou muito no quesito de pontos cedidos, mas o problema é que na NFL não basta "não quebrar", se envergar um pouco além do estado natural, simplesmente já não é bom o suficiente.
Esse regresso em jardas cedidas é simplesmente inaceitável, especialmente porque a unidade contava com alguns bons jogadores: Ryan Kerrigan, Preston Smith, Mason Foster, Will Blackmon, Quinton Dunbar, Josh Norman, DeAngelo Hall. É menos talento que o Packers atual, mas é talento. Além disso, de novo sua defesa não evoluir nada de uma temporada a outra.
Em Washington ele conheceu Sean McVay, que se tornaria nos anos seguintes o seu "mentor" em Los Angeles, e Kirk Olivadotti, atual técnico de linebackers do Packers (a mesma função que Joe Barry sempre foi competente).
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Seu sistema defensivo e como pode se encaixar no Packers.
Segundo Tom Silverstein, Barry vem com o objetivo de implementar um esquema estilo Vic Fangio: uma base que usa um personnel 3-4 mas não tradicional. Como por exemplo, no sistema de Fangio, o nose tackle geralmente precisa ser mais ágil para bater a OL em pass rush e forte o suficiente para segurar na marcação dobrada em corridas. Lembra um certo Kenny Clark, não?
Isso manteria a nossa base atual, além ser o que nosso personnel mais perto se encaixa: Um pass rush bom (mesmo precisando melhorar), pelo menos um jogador dominante no interior da linha (Kenny Clark) e linebackers explosivos (o que não temos, mas ai que Joe Barry entra).
Sua defesa sempre foi agressiva - mesmo as ruins - mas o que devemos ver mais no Packers é - caso ele tenha aprendido algo nos tempos em que ele esteve no Rams (Wade Phillips, Brando Staley, Sean McVay), e esperamos que sim - é muita movimentação de safeties e linebackers pré snap. Isso faz com o que QB precise fazer muitas leituras, disfarçando blitzes e fortalecendo as coberturas para passes sem mostrar.
Veja o vídeo postado pela Blitzology: Como os safety se movimenta junto com o motion do ataque.
Outro ponto interessante é que devemos ver o nickel e dime mais terceiras descidas, e não aquela exaustão exagerada que era feita por Mike Pettine.
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Conclusão
Joe Barry sempre foi um tremendo técnico de posição e excelente assistente, mas em todas as promoções para DC até agora, falhou.
Temos que ser realistas - é uma escolha que deixa todos com os dois pés atrás - porém podemos ser esperançosos: Ele nunca teve o tanto de talento que terá no Packers e sua experiência no Rams com alguns bons coordenadores defensivos e Sean McVay pode ter ensinado a ele o que faltava para finalmente conseguir se firmar no cargo.
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