A realidade que não queríamos acreditar

(Reprodução: Site Oficial/Green Bay Packers)

* Toc Toc *

- Quem é?

- É a sua realidade, abra!

- Não! Não quero olhar pra você!

- Não adianta correr nem fugir, mais cedo ou mais tarde, por bem ou por mal você vai ter que me encarar!

- Não! Vai embora!

- Bom, eu tentei por bem e você não quis, então terei que aparecer por mal!

* Porta sendo arrombada *

Esse diálogo obviamente não passa de uma fantasia, mas não está nem um pouco distante do que o torcedor do Packers viveu nos últimos dias. Foi uma verdadeira montanha-russa de emoções entre o início da partida contra o Dallas Cowboys no último domingo e o final do Thursday Night Footbal contra o Titans já na madrugada da sexta-feira.

Da tristeza e da raiva, passando pela emoção e esperança de uma vitória arrancada na garra, retornando a desilusão de uma derrota que praticamente elimina o time da briga por uma vaga nos playoffs, assim os cabeças de queijo ficaram num espaço de cinco dias.

O jogo de ontem contra o Titans foi exatamente o que está descrito no diálogo acima: A realidade que o Packers se encontra batendo e entrando na sua casa sem pedir licença. Somos torcedores, como o próprio significado da palavra “torcer” diz, desejamos sempre a vitória, muitas vezes de forma irracional, idealizando coisas onde não há nada.

(Reprodução: Site Oficial/Green Bay Packers)

Esse é o Green Bay Packers em 2022. Um time que, para falar a verdade, nunca pareceu de fato um contender na briga para estar na pós-temporada. Uma equipe que hoje está 4-7, mas não seria nenhum absurdo estar 1-10. Afinal, vencemos um Patriots – e seu QB3 – na bacia das almas, um Bucs sem seus três recebedores que não conseguiu a conversão de 2 pontos na última jogada da partida, e um Cowboys que vai mais na conta do técnico adversário e da freguesia eterna do mérito do Packers.

Green Bay nada mais é que um time absolutamente inconsistente e mal montado. Fraquezas que Mike Vrabel conseguiu expor com certa facilidade até. Mesmo limitando Derrick Henry a 3.1 jardas/carregada, cedeu mais de 300 jardas para o pior ataque aéreo da liga. Nem a segunda boa atuação seguida de Christian Watson salvou o time de Matt LaFleur. Em nenhum momento do jogo o Packers conseguiu equilibrar os dois lados da bola. Se a defesa ia bem e parava Tennessee, o ataque logo saía de campo depois de três jogadas. Se o ataque conseguia boas campanhas e pontos, a defesa não conseguia pressionar o QB e cedia 3rd & 10.

O que aconteceu ontem no TNF foi o que todos nós já estávamos assistindo semana após semana. Só que fomos iludidos. Mas a realidade é implacável, e uma hora ela chega sem perguntar se pode entrar.

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