Visão Geral do Draft da NFL


O maior evento da offseason da NFL é, sem dúvidas, o Draft. O mecanismo criado para selecionar jogadores da universidade vai muito além da distribuição de escolhas e trocas entre as franquias. A NFL é uma liga extremamente fascinante por um fator que os torcedores podem até mesmo discordar, mas é de inegável importância.

Ao longo dos anos e da solidificação da NFL, os donos das franquias entenderam que uma liga é um produto, que as pessoas somente vão seguir comprando se este produto se mantiver atrativo. E como os proprietários traduziram isto ao esporte? Através de uma eterna competição. O Draft permite que as franquias se reforcem e tenham chances de mudar seu próprio destino, o que não ocorre em outros esportes (pelo menos não da mesma forma que na NFL).

No momento em que há determinação do pior classificado ter direito a escolher antes dos demais, isso facilita que aquela franquia se reforce com mais talento e não seja eternamente a pior. A instituição de um salary cap também auxilia nisto, impedindo que um dono com maior poder financeiro simplesmente contrate todos os melhores jogadores, mas não vamos divagar.

Nos últimos 16 anos da Liga, vimos, em 14 destes, o lanterna da divisão no ano anterior se sagrar campeão. Obviamente, o Draft tem um peso significativo nisto, já que permitiu aos Colts (2-14) de 2011 selecionarem Andrew Luck no ano seguinte. Com ele, o time voltou a ser competitivo e deixou a lanterna para se consolidar como uma das forças de sua conferência.

Assim, as equipes tem uma escolha em cada uma das 7 rodadas, e podem receber escolhas compensatórias. Estas, de uma maneira bem resumida, são dadas aos times que perderam mais jogadores do que contrataram, ou que o fizeram em igual número e menor valor. A primeira escolha compensatória é dada na terceira rodada e a última na sétima.

A partir disto, cada franquia precisa elaborar a sua estratégia para tentar extrair grandes valores do Draft, afinal, não é porque se detém a escolha de número 1 que a franquia vai garantir o melhor prospecto em seu roster. A necessidade de reforços por posição e eventuais trocas também são consideradas.

Basicamente, cada General Manager elabora um board, que é a lista de jogadores universitários ranqueados por talento e posição. Assim, as franquias desenvolvem estratégias para tentar adquirir o máximo de jogadores com boas posições neste board.

Quando chega a vez de seu time, o GM tem o papel de avaliar possíveis propostas de trocas, os jogadores disponíveis e as necessidades de seu elenco. Pode até parecer fácil, mas cada escolha muda radicalmente a história do Draft e de todas as franquias. Jogadores marcantes como Tom Brady, Russell Wilson, Richard Sherman, Geno Atkins, Antonio Brown foram selecionados após todas as franquias optarem por outros nomes. Portanto, cada escolha é muito valiosa.

Nos Packers, algumas escolhas de primeira rodada renderam jogadores de Hall da Fama, são elas: Paul Harnung (HB, Notre Dame - 1957), Herb Adderley (CB, Michigan State - 1961), Dave Robinson (LB, Penn State - 1963), James Lofton (WR, Stanford - 1978).

Na última década, a equipe conseguiu ótimos valores da no primeiro dia de seleções, como o defensive tackle Kenny Clark e o cornerback Jaire Alexander. Contudo, escolhas como os safetys Ha Ha Clinton-Dix e Damarious Randall não trouxeram os frutos esperados, sequer fazendo parte do elenco atual da franquia.

E você, quem gostaria de ver em busca de mais um Vince Lombardi?

Foto: Reprodução Oficial Twitter/Rashaan Gary

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