RODGERS: “ALGUMAS COISAS SÃO MELHORES SE NÃO FOREM DITAS”.

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OLÁ A TODOS QUEIJAS E QUEIJOS!

Hoje vamos trazer para vocês uma entrevista que nosso QB Aaron Rodgers concedeu a Peter King, do programa "Football Morning in America", da NBC. A entrevista está traduzida para que todos tenhamos acesso a ela. Espero que gostem do nosso trabalho e por favor compartilhem com seus amigos torcedores dos Packers!

BORA LÁ!

The Lead: Rodgers

A informação que eu tenho e sei a respeito do futuro de Rodgers e Green Bay é a seguinte:

  • Rodgers queria sair. Os Packers o seguraram firmemente. Rodgers não queria se aposentar. Esqueça tudo a respeito do que foi feito com relação aos termos de manutenção futuros, tudo se resume a isso: Em 2022, ele ou vai aceitar ficar em Green Bay (e talvez assinar uma extensão) ou vai pedir uma troca, possivelmente com voz no seu futuro time. Os Packers, pelo que sei, não vão dispensá-lo. Se Rodgers terminar a temporada de 2022 em Green Bay sem uma renovação ele será um agente livre irrestrito em 2023, com 39 anos. Nesse caso, a busca por um QB como ele será ainda mais intensa do que a por Tom Brady, que tinha 42 em março de 2020.
  • Eu não acredito que Rdogers sabe o que 2022 vai trazer. Os Packers com certeza não sabem.
  • Suas queixas relatadas na coletiva de imprensa 19 dias atrás deixou com raiva o alto escalão dos Packers, comitê que desde o começo de seu descontentamento – na offseason - tem tentado trata-lo da forma mais amigável possível. Mas as coisas tem sido harmônicas na “Packerland” desde aquela tarde. “Esse é o melhor Aaron que esteve aqui desde que cheguei”, foi o que me disse o técnico Matt LaFleur. “As vezes eu dou uma olhada pelos vários treinos e vejo ele junto do Josh Myers ou também com Lucas Patrick, explicando tudo que você precisa saber.”
  • Jordan Love, a escolha de primeira rodada que foi pivô de todo esse descontentamento, não impressionou o time. Bons dias, maus dias. Mas eu serei cauteloso em dizer que a 26ª escolha geral do Draft de 2020 está com problemas. Rodgers, a 24ª escolha geral em 2005, teve mais do que momentos confusos nos seus primeiros dois anos atrás de Brett Favre. O processo de tomada de decisões de Love precisa melhores. Mas alguns quarterbacks demoram um pouco mais para amadurecer do que outros. Um dos maiores problemas no futebol americano atualmente é a impaciência com jovens quarterbacks, e eu percebo que os Packers entendem que Love não está pronto para os grandes momentos ainda.
  • Nenhum sinal de irritação com Rodgers, na frente ou atrás das cortinas. O que surpreende é que, uma fonte confiável me disse, Rodgers nunca demonstrou estar com raiva do que aconteceu durante a offseason. Ele controlou o que podia, e quando percebeu que os Packers não iriam trocá-lo, teve que tomar a decisão entre retornar ou ficar de fora toda a temporada ou se aposentar. Em certo momento ele estava 50-50% em se aposentar ou não, pelo menos por agora. “Eu pensei que se ele voltasse, nós veríamos a melhor versão de Aaron”, disse LaFleur.
  • Analisando o clima neste cenário – com os executivos, LaFleur, jogadores, Rodgers – fico pensando que esse time vai ser realmente bom de novo. Toda palavra de Rodgers vai ser micro analisada durante toda a temporada, mas eu ficarei surpreso se ele deixar muitas pistas sobre seu futuro em 2022. Eu ficarei surpreso se ele for uma distração. Green Bay deverá ficar no topo da NFC Norte de novo, e aí, particularmente com o retorno de David Bakhtiari antes do meio da temporada, Rodgers-Brasi II pelo título da NFC não é nada irreal.

“Vamos falar a verdade, seria uma pena para o futebol americano se Aaron não estivesse aqui”, disse LaFleur.

Eu não sei sobre isso, mas eu acredito que Rodgers estava pensando em voltar mesmo antes do dia 27 de julho, quando ele retornou ao centro de treinamento pela primeira vez em seis meses. Mesmo ele tendo vários outros interesses, nada iria substituir o futebol para ele.

“Eu realmente amo isso”, disse ele. “Se não fosse isso, eu não voltaria. Eu tenho tantas outras coisas que eu amo e sou apaixonado. Eu amo competir, amo treinar, ainda. Eu tive um camp muito bom. Ano passado eu senti que comecei um pouco devagar e de repente tive um clique. Eu de fato tive um bom camp aqui. Eu me sinto bem de estar onde estou”.

“Foi um pouco estranho nos primeiros dias. Eu voltei sabendo... Acredite, a razão de eu ter retornado foi porque eu senti que poderia estar 100% comprometido com o time e 100% comprometido e focado nisso. Sabendo de todas as diferentes responsabilidades que eu tenho, incluindo as conversas com os “Josh Myers do mundo”. Eu estava pronto para isso e essa é a razão pela qual eu decidi me comprometer e voltar”.

“Eu penso que muito do que eu senti é uma perspectiva. Perspectiva te leva para muita felicidade na sua vida. Se estamos olhando para as coisas que nos deixam chateados ou irritados, eu tenho certeza que nós vamos encontra-las na nossa vida. Se estamos olhando para o que não temos, é claro que vamos achar. Mas se conseguirmos focar naquilo que nós temos e que somos gratos, então cada dia pode ser um pouco mais especial que o ultimo porque você percebe o quão grande são as oportunidades que temos”.

“Para mim ainda poder estar jogando, ainda ter essas relações, e também criar novas relações com caras como Davante Adams e Allen Lazard, David Bakhtiari e Marcedes Lewis, Jaire Alexander e outros caras que eu fiquei próximo nos últimos anos. Parte do que eu amo é conhecer esses outros caras – nosso tight end, Bronson Kaufusi, eu amo ele. Um dos caras mais alegres que já vi. Meu parceiro de vestiário, Oren Burks, que é um super ser humano, gentil e genuíno. Ou também os novos caras que chegaram e ainda estão tentando aprender como falar com caras mais velhos que tem pelos brancos em suas barbas. Você vê esses discursos dos caras do Hall da Fama e eles falam como os relacionamentos são super importantes. E quando eu cheguei aqui no primeiro eu queria garantir a todos eles onde eu estava mentalmente. Eu senti muito afeto desses caras”.

Nos treinos, aquele Rodgers irônico voltou. Se você olhasse as pernas de A.J. Dillon você veria as pernas mais grossas de um running back em toda NFL.

“Suas pernas ficaram menores nessa offseason?” Disse Rodgers, tirando sarro de Dillon.

“Não”, respondeu o RB. “Aumentei quatro pounds (aproximadamente 1,8kg) em cada uma delas”.

Rodgers na verdade gosta dos training camps. “O camp não tem sido tão chato desde que eles pararam de fazer duas vezes por dia”, disse ele. “Alguns desses novos rapazes não tem noção o quão bom nós ficamos aqui. Os encontros podem ser irritantes as vezes, como dizia meu velho amigo Favre. Mas, perspectiva. Eu não posso ficar chateado sobre o training camp porque qualquer jogador velho como eu passou por algumas coisas. Como que você vai ficar triste se nem treina duas vezes por dia? Quer dizer, eu volto pra casa no máximo as oito? Isso é muito bom!”

Eu perguntei “Hoje é 11 de agosto. Se você não estivesse aqui, jogando futebol, onde você estaria? O que você estaria fazendo?”

Rodgers respondeu “Eu definitivamente estaria em outro país, fazendo alguma coisa. Viajando, provavelmente na Europa. Eu iria para lugares da Europa que eu nunca estive, como o sul da França, então algumas áreas históricas na Alemanha, Polônia, Bélgica, alguma coisa assim”.

Eu perguntei a respeito do GM Brian Gutekust e do presidente Mark Murphy, e se ele conseguiria manter relações civis ou boas relações com eles depois de tudo que aconteceu na offseason.

“Assim, as pessoas que eu tenho que lidar diariamente são o staff e os meus companheiros de equipe”, disse Rodgers. “Eu tenho um bom relacionamento com o staff. Quando chegar a temporada de fato, essa é a principal relação que você precisa ter porque você estará falando com eles o dia todo e todo dia. Eu sempre tive uma boa relação com o Matt quando o assunto é a chamada de jogadas e coisas do tipo. Então obviamente tendo [o OC Nathaniel] Hackett, que é um amigo próximo e [o coordenador de jogo aéreo Luke] Gatsy. Esses são os relacionamentos mais importantes.

“O outro [Gutekust], você sabe, eu deixo espaço para otimismo com crescimento e mudança. Mas, você sabe, a essa altura, meu foco é somente em questões ligadas ao futebol e ter certeza que essas conversas e comunicações estão corretas antes de chegarmos a temporada”.

Talvez Rodgers tenha dito em algum ponto no ano passado que ele entrava naquela temporada como se fosse a última em Green Bay. Eu não ouvi isso. Quando eu perguntei a ele se foi difícil encarar aquela como possivelmente a última como um Packer ele respondeu “Ano passado, eu preciso olhar o ano através de uma perspectiva.” Disse ele. “Somente aproveite as pequenas coisas que eu pude fazer parte nesses mais de quinze anos. Me ajudou muito a ter uma grande temporada, mentalmente e em outros aspectos também. E eu me diverti muito”.

“Eu acredito que por causa dessa experiência, eu tenho um modelo de como ter as perspectivas certas nesse ano. Para mim tudo começa pela gratidão. Eu não reclamo de nada. Eu posso não concordar com algumas decisões tomadas ou como foram conduzidas. Eu tenho uma tonelada de gratidão por essa cidade, pela organização, as oportunidades que me foram dadas aqui. É nisso que eu escolhi focar, nas coisas que eu de fato tenho. Isso são muitos relacionamentos aqui, uma base de fãs incrível que vem e nos assiste todos os dias nos treinamentos. Tem sido mais de dezesseis anos especiais”.

“O futuro? Quem sabe o que vai acontecer. No momento estou focando em como esse momento e essa oportunidade estão sendo”.

A oportunidade, é claro, é a possibilidade de vencer o primeiro Super Bowl da franquia nos últimos 11 anos. Rodgers já um dos maiores na sua posição. Ele venceu dois terços dos jogos que começou jogando e sua diferença entre touchdowns e interceptações – 412 para 89 – em mais de 16 temporadas é absurda. Mas ele está no mesmo patamar que vários grandes, como Drew Brees e Brett Favre: Um Super Bowl. Não é um problema, mas ele com certeza gostaria de melhorar esse currículo com mais um.

E para fazer isso muita coisa precisa ir na direção certa, é claro. Uma dessas coisas que precisa dar certo é o que eu chamo de “O som do silêncio”. As palavras de Rodgers, por anos, tem sido analisadas como os analistas da Rússia analisam as frases de Putin. Nenhuma frase dele ficará sem uma grande reflexão, mesmo que seja uma frase inofensiva, possivelmente chegando até o vestiário. Meu sentimento é que ele é muito esperto para deixar que isso aconteça, mas vamos ver. Quando eu perguntei se ele pretende falar disso tudo num livro no futuro ele disse que não sabia. Então ele parou por um momento, olhou para o campo de treino e disse:

“Algumas coisas são melhores se não forem ditas.”

Belas palavras para se ter em mente nessa temporada.

Link da entrevista em inglês: https://profootballtalk.nbcsports.com/2021/08/15/aaron-rodgers-packers-training-camp-nfl-fmia-peter-king/?cid=fmiatw

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Parabéns pelo ótimo conteúdo diário, rapaziada! #GoPackGo!

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