RESOLVENDO O CAP DO PACKERS – CENÁRIO 1: REBUILD

  • Home
  • Notícias
  • RESOLVENDO O CAP DO PACKERS – CENÁRIO 1: REBUILD

(fonte: Site oficial packers)

QUEIJAS E QUEIJOS!

Esse texto foi escrito e desenvolvido por Matheus Baumgarten.

Passado o drama da eliminação para o San Francisco 49ers nos playoffs de 2021, o Green Bay Packers precisa pensar em seu futuro. Porém é difícil imaginar um futuro para uma franquia que entra na offseason de 2022 com a segunda pior situação de CAP salarial da NFL, certo? Afinal, são 46,8 milhões de dólares no negativo que precisam ser ajustados até a data de início da nova temporada, no meio de março.

A situação inicialmente parece crítica, porém existem algumas movimentações que podem ser realizadas e que ajudariam o Packers a sair dessa situação caótica. Utilizando a ferramenta de Cálculo do Over The CAP, realizei algumas transações e acabei chegando em um resultado “satisfatório” (utilizando os meus próprios parâmetros de satisfação – acesse o link e faça seus próprios testes!). Este artigo ficou GIGANTE, então será postado em duas partes. Fique ligado para a parte dois! E vamos lá:

1 – TROCAR AARON RODGERS

Começamos abordando o elefante branco na sala de estar. Rodgers é um excelente quarterback e garantidamente será um 1st Ballot no Hall da Fama da NFL. Ele também deve ganhar seu quarto MVP em 14 temporadas como titular, se isolando na segunda posição na história da liga e ficando apenas atrás do lendário Peyton Manning (5x MVP). Dito isso, a derrota nos playoffs para o San Francisco 49ers dói de forma diferente em relação às últimas eliminações. A torcida hoje está dividida, onde muitos ainda querem ver Rodgers jogando o Green&Gold, e tantos outros também estão exaustos do drama que parece envolver o QB temporada após temporada. Independente do sentimento dos cabeças-de-queijo, a realidade é que nos últimos dois anos o Packers perdeu duas chances de ouro de chegar ao Superbowl com dois dos melhores elencos que Rodgers já teve a sua disposição. O camisa 12 não é o único culpado pelas derrotas, porém em ambas as situações Rodgers não teve bons jogos e falhou executar jogadas que levariam o Packers a estender drives e pontuar nos momentos decisivos dos jogos.

A bruta realidade é a que, tanto do lado do jogador quanto pelo lado da franquia, parece não existir mais clima para uma continuidade do QB12. Rodgers atualmente possui apenas mais um ano de contrato e seu valor no CAP é de U$46,8 milhões. Na atual situação de CAP de Green Bay, é inviável manter Rodgers nestes números, logo uma permanência depende de uma extensão contratual.

Na entrevista pós jogo da derrota contra o 49ers, o HC Matt LaFleur deixou claro que gostaria de ter Rodgers de volta, porém logo em seguida o QB declarou que “não quer fazer parte de um time em rebuild”, o que muito provavelmente será necessário acontecer no Packers nessa offseason devido a falta de CAP. Friamente falando, neste momento faz mais sentido para a franquia trocar seu QB hall da fama e abraçar a reconstrução. Rodgers vindo de dois MVPs seguidos ainda tem muito valor em relação à liga, Green Bay provavelmente conseguiria duas escolhas de primeira rodada mais alguma outra compensação por ele e, com essa troca, ainda conseguiria salvar U$19,9mi em CAP.

Ainda existe a opção de Rodgers aposentar, o que na prática é o pior cenário para o Packers pois perde seu QB Hall da Fama e não ganha nenhuma compensação. Porém, em termos de espaço no CAP, a mesma regra de troca vale na aposentadoria e U$19,9mi seriam salvos. E este valor salvo seria o necessário para...

2 – ...USAR A FRANCHISE TAG NO DAVANTE ADAMS

Adams é o segundo grande nome onde uma decisão difícil precisará ser tomada. O jogador já declarou várias vezes que quer (e merece) ser o wide receiver mais bem pago da liga. Na última offseason houveram discussões entre a franquia e Adams buscando essa extensão contratual, porém as conversas foram suspensas com a chegada da pré-temporada para que o recebedor pudesse focar em sua preparação. Adams também já declarou que a permanência ou não de Aaron Rodgers no Packers pode influenciar sua decisão em assinar com o time. Adams tem como objetivo se tornar um Hall da Fama e jogar com um QB que lhe dê chances de ganhar um Superbowl é importante nesta caminhada.

Negociações deste tamanho normalmente são extensas e difíceis, com exigências e contrapropostas de amos os lados. O tempo pode ser um fator fundamental, já que o “ano novo” da NFL se inicia no dia 16 de março e, nesta data, Adams se torna um Free Agent podendo assinar com outras franquias. Para evitar perder um jogador deste tamanho de graça, o Packers pode optar por usar a Franchise Tag (FT), onde o jogador fica vinculado ao time por um ano a mais de contrato e com um salário totalmente garantido no valor da média dos 5 maiores salários da posição no ano em questão. O Packers não tem um histórico de utilizar a tag com frequência (a última vez utilizada foi no DT Ryan Pickett, em 2010), porém pode ser uma ferramenta essencial para ganhar tempo e, enfim, chegar à extensão de contrato. Caso tudo dê errado, o Packers ainda tem a opção de trocar Adams após aplicar a tag, onde novamente um jogador deste calibre pode dar boas munições para o Packers montar seu rebuild através do draft - talvez uma escolha de 1ª rodada e mais alguma compensação.

O preço da tag, porém, é caro. Hoje um wide receiver que receba a FT custará U$19,1mi em CAP. Além disso, para poder aplicar a FT o time precisa obrigatoriamente ter esse valor disponível no CAP no momento da aplicação. Aqui entramos no ponto da discussão onde o fator “rebuild” é importante, pois para liberar CAP serão necessários...

3 - ...CORTES DE JOGADORES

Za’Darius Smith – Z foi um jogador extremamente importante na defesa de Green Bay entre 2019 e 2020, onde se tornou um dos melhores edge rushers da liga. Porém, a lesão nas costas que o tirou de campo durante toda a temporada 2021 pesa muito na hora de decidir estender ou não seu contrato, e com a ascensão de Rashan Gary como OLB 1 também não ajuda o caso de Z. O contrato pesado (U$27,7mi em 2022) impede uma troca, logo o Packers provavelmente se verá obrigado a cortar o jogador salvando U$15,3mi.

Preston Smith – Preston vinha de um 2020 apagado e muitos cogitavam seu corte antes mesmo da temporada 21 começar. Em negociação com o Packers, pass rusher aceitou reestruturar seu contrato para receber menos e ir incrementando com base em incentivos, e correspondeu à altura anotando 9 sacks na temporada. Aqui é possível vislumbrar uma extensão de contrato mais fácil do que com seu xará Z’ Smith, porém o caminho deve ser mesmo o corte. Neste caso, a ação liberaria U$12,5mi.

Billy Turner – o jogador de linha ofensiva teve sua contração muito criticada e, em seu primeiro ano jogando como guard o desempenho foi abaixo do valor recebido. Em 2020 e 21 no entanto, ele teve bons desempenhos na maioria dos jogos atuando como tackle e o contrato pareceu justo. Porém uma lesão no joelho o tirou de campo no final de 2021 e, ao voltar para os playoffs, teve um fraco desempenho - assim como foi muito mal no NFCCG de 2020. Turner é um jogador de idade avançada (31) e seu desempenho não justifica o valor previsto em CAP para a próxima temporada. Um corte aqui salva U$3,4mi para o Packers.

Dean Lowry – Sempre muito criticado (e com razão) até 2020, Lowry teve o melhor ano de sua carreira na temporada 2021, principalmente atuando como pass rusher no interior da linha defensiva. Ainda assim seu valor de CAP em 2022 não se justifica, e apesar de uma troca ser remotamente possível o que deve acontecer aqui é mais um corte salvando U$3,9mi.

Mason Crosby – Crosby é um dos grandes nomes do Packers no século e com certeza estará no Hall da Fama da franquia. Dito isso, seu péssimo desempenho na temporada 2021 não justifica o alto salário para os padrões de um kicker na NFL. Existe também a chance de aposentadoria neste caso, em qualquer uma das opções o Packers salva U$2,4mi

Randall Cobb – Simples e direto, Cobb voltou por causa de Aaron Rodgers e, sem ele no elenco, também não deve ficar. O caphit em 2022 também é proibitivo, para ficar Cobb teria de ter seu contrato estendido. Um corte agora salva U$6,8mi

Marcedes Lewis – Mais um caso onde a aposentadoria é uma possibilidade. De um jeito ou de outro, a posição de TE deve passar por uma reformulação no Packers e Lewis não deve ser mantido. U$2,4mi salvos nesta transação

Ty Summers – Summers é um jogador draftado na 7ª rodada e entregou o que se espera de jogadores da 7ª rodada: nada. Sua presença no elenco é desnecessária, e um corte salva U$1,0mi

.

Neste ponto da análise, toda a limpa necessária no elenco do Packers foi realizada e ficamos já com CAP positivo... de U$1,7mi. Essa quantidade claramente não é suficiente para realizar qualquer tipo de movimentação na Free Agency, ou até mesmo assinar os jogadores calouros draftados em maio. Sendo assim, outras transações ainda serão necessárias para verdadeiramente resolver o problema. Iremos abordar estas transações na segunda parte do artigo! Fique ligado e até lá!

.

.

➡️ FIQUE POR DENTRO DE TUDO DO
CHEESEHEADS BRASIL

Tags:
Deixe um comentario

s2Member®