Brian Gutekunst e a confiança no corpo de recebedores

  • Home
  • Opinião
  • Brian Gutekunst e a confiança no corpo de recebedores

Depois de termos tempo para digerir o Draft 2020, começamos a pensar não nas escolhas feitas por Brian Gutekunst, mas sim nas necessidades remanescentes do time. As adições de algumas peças para a linha ofensiva, bem como dos linebackers e do safety eram mais do que esperadas, mas, a despeito dos números na temporada passada, o que parece não preocupar Brian Gutekunst é o corpo de recebedores.

Em conversa com Larry McCarren, ele afirmou gostar dos recebedores jovens e acreditar que eles estão seguindo o caminho correto, e completou: "Eu sempre falei sobre como eu acredito que, se você olhar para trás, a maioria dos recebedores nesta liga começa a se destacar em seu terceiro ano. Veja nossa própria história com caras como Davante e Jordy, foi nesse período que eles começaram a se destacar. Então estou animado por estes caras."

Ainda que historicamente os bons WR realmente tenham tido um tempo maior de adaptação na liga, o fato é que a maior parte dos receivers que não obtém bons resultados em suas primeiras temporadas dificilmente encontram números melhores nos anos seguintes. Tendo um ataque liderado por um dos maiores quarterbacks que a liga já viu, seria extremamente prudente investir em um corpo de recebedores que seja não só contundente, mas também constante.

Dentre os WR que vão para seu terceiro ano, existe um nome que realmente será um grande reforço se conseguir melhorar em alguns aspectos: Allen Lazard. O jogador mostrou versatilidade e, apesar dos números não tão expressivos, teve algumas boas atuações. Talvez com o devido incentivo ele venha a se tornar um excelente receiver. No entanto, esperar uma melhora tão grande em todo o corpo de recebedores pode acabar se tornando uma decepção.

Além das expectativas depositadas nos jogadores que já fazem parte do time, existe ainda a possibilidade da chegada de Darrell Stewart Jr., UDFA que, no Draft, não estava sequer entre os 30 melhores da classe e que, muito provavelmente, não irá apresentar números interessantes em seu primeiro ano. Pode ser que se trate de um jogador com capacidade de aprendizado, mas não parece ser o elemento que resolverá o problema do ataque aéreo nesta temporada.

De todas as incoerências relacionadas ao draft, a maior é sem dúvidas nos discursos. Num momento se sugere que o objetivo é criar um ataque predominantemente terrestre e, em seguida, ao ser lembrado da qualidade de seu QB, o discurso muda, dizendo que existe um confiança na equipe de recebedores e que eles estão a altura do trabalho feito na equipe, o que não parece ser nada além de uma tentativa de justificar tantas oportunidades perdidas num draft com uma classe de WR no mínimo interessante.

Diante de toda confusão vista nos últimos dias, resta torcer para que as escolhas feitas por Brian Gutekunst não resultem numa quebra de confiança em Aaron Rodgers, e que Rodgers consiga utilizar as adições de linha ofensiva para voltar a ser tão agressivo fora do pocket quanto já foi. Por fim, que ele possa fazer com que o ataque aéreo ainda seja um elemento forte do ataque de Green Bay.

Quanto às decisões tomadas no Draft, vamos esperar que se mostrem decisões acertadas, que darão continuidade ao desenvolvimento do time, e que as escolhas que não gerarem efeito imediato no desempenho, sejam escolhas que permitirão no futuro a manutenção do nível técnico do elenco.

(Foto: Reprodução Site Oficial/ Green Bay Packers)

OUÇA NOSSO ÚLTIMO PODCAST!

Tags:
Deixe um comentario

s2Member®