Cinco Notas: Semana 01 – Temporada 2021

OLÁ QUEIJAS E QUEIJOS!

Depois de uma atuação irreconhecível do Green Bay Packers contra os Saints no último domingo, dúvidas pairam no ar e alguns torcedores já começam a ficar, no mínimo, ressabiados. Não é normal estrearmos tão mal, com tão poucas coisas a se ressaltar positivamente. Fato é que a temporada é curta e ajustes imediatos precisam ser feitos. Uma vitória convincente na próxima semana é fundamental para acalmar o coração do torcedor cabeça de queijo.

Vamos agora a cinco notas a se observar sobre a atuação do time como um todo, o que devemos nos preocupar e nos atentar e o que não é tão preocupante assim (por enquanto). Então, BORA LÁ!

(Fonte: reprodução site oficial / Green Bay Packers)

1 – Aaron Rodgers ainda é o jogador mais valioso da liga

Preocupa: Todo o imbróglio envolvendo a renovação ou não de Rodgers pesou SIM na sua preparação para a temporada 2021 e isso ficou evidente contra New Orleans. Vimos o MVP da liga tomando decisões horríveis, com um processamento mental lento do jogo como um todo e passes imprecisos, que resultaram em uma péssima atuação. Rodgers precisa usar essa semana para voltar ao ritmo que estamos acostumados, com a concentração devida, criando mais química com os recebedores e, o mais importante, com vontade e gana de vencer e convencer.

Não preocupa: Rodgers é o atual MVP da liga não é atoa. Ainda tem sim bastante lenha para queimar e não é uma noite atípica que provará o contrário. Já vimos atuações ruins dele antes (talvez não tão ruins) e a volta por cima sempre acontece. Esqueçam teorias da conspiração de que está sabotando o time ou qualquer coisa do tipo. Ele é identificado com o clube e voltou porque quis e porque está fechado com o elenco. Tudo depende dele agora, e de como a comissão técnica vai lidar com a situação.

(Fonte: reprodução site oficial / Green Bay Packers)

Rodgers under center contra os Saints

2 – Tenhamos paciência com Joe Barry

Preocupa: Um jogo é pouco para qualquer conclusão. Porém, não vimos absolutamente nada de novo na defesa dos Packers. Mais uma vez tivemos um Kevin King horrendo, mostrando porque não deveria ter tido seu contrato renovado. Tivemos um show de tackles perdidos. Tivemos um pass rush ineficiente, tanto pelo miolo da linha quanto pelas bordas (Winston passou alguns cafés enquanto procurava recebedores para lançar a bola). Ou seja, tudo que era ruim ano passado, continua ruim. Bem verdade que grandes adições via free agency e draft não aconteceram, mas trocar o coordenador defensivo tem um motivo, e o motivo é MELHORAR. Até agora, não foi o que aconteceu.

Não preocupa: Um jogo. Contra um time bem treinado. Uma linha ofensiva que, embora renovada, ainda é uma das melhores da liga. Não podemos tirar o mérito dos Saints. Jogaram muito bem e mereceram a vitória. Barry precisa mostrar serviço, mas condená-lo por um jogo em que sua defesa ficou 70% do tempo total de jogo em campo, quase não teve descanso e ainda jogou contra um baita ataque, é ser cruel demais. Vamos dar o tempo necessário. O próximo jogo já será um ótimo termômetro.

(Fonte: reprodução site oficial / Green Bay Packers)

ZaDarius num raro momento em que chegou no QB Jameis Winston

3 – Não podemos abandonar o jogo terrestre

Preocupa: O jogo terrestre forte é marca registrada do HC Matt LaFleur e o elenco foi montado pra isso. Temos 3 TEs bloqueadores, uma linha ofensiva forte para abrir espaço e acabamos de renovar a preço de ouro com Aaron Jones. O play action é o melhor amigo de um grande QB, já que mantém a defesa honesta e faz os espaços aparecerem. Contra os Saints, embora tenham uma excelente linha defensiva, o jogo terrestre foi completamente abandonado. No terceiro quarto, quando a vantagem ainda estava próxima, Jones e Dillon tinham SEIS SNAPS COMBINADOS (ao fim da partida, foram nove), um verdadeiro absurdo. Se a defesa sabe que a jogada será um passe, fica muito mais fácil marcar. Lembrando que isso não justifica as interceptações bisonhas de Rodgers, mas ajuda a explicar a derrota por larga margem.

Não preocupa: A dupla Jones e Dillon é uma das melhores da liga. Dois ótimos jogadores que ainda contribuirão muito esse ano. Para isso, é fundamental que LaFleur entenda que nunca se deve abandonar o jogo terrestre. O equilíbrio entre passe e corrida é uma tônica das melhores partidas que Green Bay fez nos últimos anos e é assim que deve ser. Sempre.

4 – Por falar em linha ofensiva…

Preocupa: Vi muitos torcedores durante a pré-temporada tranquilos com a lesão de David Bakhtiari. Eu mesmo não via tanto problema, já que a OL vinha treinando bem e quem entrou deu conta do recado. Mas o que vimos contra New Orleans é para deixar muito, muito preocupado. O miolo da linha com Patrick, Meyers e Newman foi pífio, principalmente abrindo espaço para o jogo terrestre. Na proteção de passe foi até bem, mas como tudo deu errado, não adiantou. Turner sofreu demais na extrema direita, não conseguindo repetir as boas atuações que teve como right tackle ano passado. Só Jenkins, monstruoso, conseguiu manter o alto nível pela esquerda, recebendo inclusive a melhor nota dentre todos os jogadores dos Packers na semana 01, pelo PFF. Ou seja, se a OL sempre foi talvez a melhor posição (exceto QB) do time, hoje não é mais. Não até voltar ao nível que estamos acostumados.

Não preocupa: Temos bastante profundidade e versatilidade na posição. Newman pode ser testado na esquerda no lugar de Patrick, com Turner indo para right guard e Dennis Kelly assumindo no RT, por exemplo. Testes precisam ser feitos para acharmos a melhor configuração. O front seven dos Saints é bem forte e, como já dito, um jogo atípico não é o suficiente para concluirmos algo. Volta logo, Bak!

(Fonte: reprodução site oficial / Green Bay Packers)

Billy Turner sofreu muito contra o pass rush

5 – E, por fim, Matt LaFleur e o planejamento da temporada 2021

Preocupa: LaFleur deu uma declaração dizendo que a culpa é dele e que ele preparou mal a equipe para o jogo. Importante chamar a responsabilidade para si e, mais do que isso, saber contornar a situação a seu favor. Usando um pouco o viés de retrospectiva, algumas decisões do HC e da comissão podem ter contribuído para a atuação ruim do time. Por conta da pandemia do COVID-19, a preseason foi encurtada de quatro para três jogos e cada franquia escolheu a forma que achava mais conveniente de usar as partidas. Os titulares dos Packers não jogaram os três jogos da pré-temporada. Essa decisão foi compartilhada por alguns times da liga. Green Bay preferiu testar a profundidade do elenco. Justo, mas talvez tenha faltado ritmo de jogo. Outra questão foi a própria indefinição na posição de quarterback. É óbvio que Rodgers é o melhor que podemos ter, mas faltou talvez ser mais incisivo com ele, dando um prazo menor para ele decidir ou já começaríamos logo o projeto Jordan Love. Na prática, Rodgers e todos os recebedores perderam todos os treinos antes do training camp. Enfim, são situações em que olhamos para trás e pensamos “será que não dava para fazer melhor?”, e esse é o pior tipo de dúvida que se pode ter.

Não preocupa: Derrotas desconcertantes já aconteceram na era Matt LaFleur. Ninguém gosta que aconteça, mas acontece. Acontece com os Packers e com todas as outras franquias. Os Buccs, campeões de 2020, também tomaram 38-3 dos Saints no ano passado (será isso um sinal?). O que não podemos é nos esquecer das ótimas campanhas que fizemos com a atual comissão técnica nas duas últimas temporadas. Para quem acompanha há um pouco mais de tempo, é nítido como nosso ataque é mais criativo, com chamadas mais inteligentes e um playbook mais complicado, reflexo do bom trabalho feito até então pelo atual head coach. Bem verdade que a defesa ainda não encaixou, mas ajustes e adições têm sido feitas (chegaram Adrian Amos, ZaDarius Smith, Preston Smith, Darnell Savage, Rashan Gary, dentre outros, todos titulares ou importantes para a rotação). Logo, precisamos ter confiança e paciência, porque o elenco é forte e a comissão técnica é preparada. Tem muita coisa boa ainda para acontecer nesse 2021!

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