Ele tem o necessário?

QUEIJAS E QUEIJOS!

366/531 para 4,115 jardas, 37 TDs, 4 INTs, 111.9 Rating e mais 1 MVP?

Não foi um segredo o ano conturbado entre Aaron Rodgers e o Green Bay Packers, questões pessoais, problemas no campo e problemas extra campo, mas com o fim da temporada regular surgiu um grande questionamento na cabeça de todo fã do esporte; o que é determinante e necessário para realmente ser o MVP? 

O Most Value Player é o prêmio dado ao jogador mais valioso da temporada pela Associated Press onde os principais jornalistas do ramo esportivo escolhem seu destaque, nota-se que, por definição, não é um prêmio que considera apenas o desempenho técnico de um jogador, ok? Entretanto, ao longo dos anos temos observado que esse foi sim o critério de maior peso para a premiação.

Apesar disso, na última semana uma nova polêmica relacionada ao Quarterback se instalou quando em entrevista ao 670 The Score, Hub Arkush, repórter esportivo de Chicago, que possui direito a voto de MVP na NFL alegou que não votaria em Aaron Rodgers devido ao seu comportamento extra campo, principalmente seu posicionamento pessoal sobre a vacinação contra COVID-19;

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“ Ele é um babaca. Um cara Ruim”

Disparou Arkush sobre Rodgers

Como é de conhecimento público, Aaron Rodgers não se vacinou contra a Covid-19, e também de maneira digamos assim “astuta”, sua semântica fez com que todos acreditassem que estava vacinado. Além desse momento mais recente, durante a offseason também acompanhamos aquilo que ficou conhecido como a “Novela Aaron Rodgers”, sobre sua permanência ou não na franquia.

Com esse cenário construído podemos começar a destrinchar a pergunta que iniciou esse texto; APESAR de todos os eventos que envolveram o nome Aaron Rodgers em 2021, ele ainda é o principal nome para o prêmio? 

Por uma questão de fato sabemos que seus números, performance e técnica fazem com que Aaron Rodgers seja o nome óbvio seguido de Joe Burrow e Tom Brady, mas por que ele é a opção correta? 

(Foto: Ezra Shaw/Getty Images)

Contra todas dificuldades

Em um ano onde, de acordo com a opinião de muitos o Green Bay Packers tinha baixas chances de chegar a algum lugar, devido às idas e vindas dos jogadores o protocolo de Covid-19, pequenas lesões e principalmente as que tiraram peças determinantes tais como David Bakhtiari, Jaire Alexander, Za’ Darius Smith e Robert Tonyan da temporada regular inteira, a franquia atingiu um saldo final de 13 vitórias e 4 derrotas, e muito disso graças a ele, Aaron Rodgers.

Fazendo uma breve retrospectiva pelo que foi 2021 para o Quarterback temos altos e baixos, e como ponto mais baixo em questões de jogo neste ano, não podemos deixar de mencionar o fatídico jogo 1 da temporada regular contra New Orleans Saints, onde Rodgers teve apenas 50% de aproveitamento e duas interceptações inexplicáveis, um dia para se esquecer.

Entretanto, a partir disso o time escalou ladeira acima, e assim como o Rodgers foi um dos principais responsáveis pela tragédia contra o Saints, ele foi um dos responsáveis pela escalada positiva da temporada!

(Reprodução / Green Bay Packers)

A redenção total

É impossível falar de 2021 sem falar de dois grandes momentos que consagraram a posição do QB junto a torcida;

Com um gosto amargo na boca pelos dois jogos anteriores o Green Bay Packers, enfrentou o San Francisco 49ers na semana 3 da temporada, e com uma desconfiança no ar lá foi o torcedor acompanhar esse momento, porém vimos o QB que estamos acostumados, com vontade de vencer, e acima de tudo, vontade de vencer pelo time! 

Ainda que estivessemos com a derrota batendo à nossa porta, Rodgers proporcionou ao torcedor os melhores 37 segundos de nossas vidas desde o milagre de detroit em 2011, sem timeouts, longe da endzone, longe do field goal e longe da vitória, ainda assim ele conseguiu, e a confiança foi restaurada, nada da offseason importava mais, tínhamos nossa maior peça e ela estava sim focada.

Avançando para a semana 7 da temporada regular temos Packers jogando fora de casa contra o invicto Arizona Cardinals, novamente, Rodgers brilhou, o quarterback somou ao fim da partida: zero interceptações, 22/37 passes completos, 184 jardas, dois touchdowns e um rating de 90.4, mostrando a todos porque foi o MVP do ano anterior.

Assim, neste ano Rodgers terminou a temporada regular de 2021 com 366/531 para 4,115 jardas, 37 TDs, 4 INTs e um rating de 111.9, tudo isso jogando os últimos jogos com uma lesão no dedo do pé. Atualmente como saldo de sua carreira, Aaron conta com a sua 11ª temporada consecutiva com 8 interceptações ou menos e a sua 5ª temporada na carreira com 5 INTs ou menos.

Lutou por uma mudança na visão do front office sobre os drafts, sua voz dentro do time e o modo como lidam com os jogadores e seus contratos consequentemente conseguiu o retorno de Randall Cobb. Além de tudo, é impossível observar a construção do ataque dominante e agressivo que temos visto nos últimos três anos e não atribuir ao seu trabalho juntamente como o técnico Matt Lafleur. 

Conclusão

Após todo o exposto deixo ao torcedor a questão que me fiz enquanto escrevia todo esse texto, podemos dizer que Aaron Rodgers no papel de pessoa público cometeu diversos deslizes que com certeza deram cabelos brancos ao seu relações públicas, porém enquanto jogador, com seus números individuais, e também o saldo total da franquia para esse ano, podem mesmo dizer que o jogador que, tudo que vimos neste ano não foi valioso o suficiente? Sei que eu não posso.

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MVP, apenas.
Esse é o nosso ano.

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