OLÁ A TODOS QUEIJOS E QUEIJAS! BEM VINDOS A MAIS UM TEXTO DA COLEÇÃO "PACKERS FOREVER"!
Hoje vamos falar de um dos melhores safeties da história do Green Bay Packers, que ficou eternizado na história da NFL com uma das melhores jogadas defensivas em Super Bowl, Nicholas Cordell Collins, a nossa lenda:
Nick Collins
Nick Collins foi um dos safeties mais dominantes em seu curto tempo na NFL (2005-2011). Em uma década em que discutivelmente tem a melhor geração da posição na história, Collins não só conseguiu se destacar como também ganhar diversos reconhecimentos oficiais e liderar estatísticas, além de ter sido muito importante para trazer o troféu Vince Lombardi para casa. Agora, vamos dissecar a sua carreira e provar o porquê dele ser tão grandioso. BORA LÁ!
(Foto: Reprodução Site Oficial/Green Bay Packers)
Colégio e Universidade
Collins nasceu na pequenina cidade de Cross City, na Flórida, de apenas 1.700 habitantes e frequentou a escola Dixie County. Na época, atuava em mais de uma posição, como é comum em cidades tão pequenas, jogando principalmente como defensive back, running Back e também quarterback. Recebeu as honras de MVP do time e também entrou no time da conferência.
Em seus tempos de universidade, jogou pelos Bethune-Cookman Wildcats, uma equipe pouquíssimo tradicional nos grandes Bowls. Ao todo, apenas 31 jogadores dessa universidade atuaram na NFL, muitos deles sendo undrafted, então podemos dizer que para ser selecionado, o atleta precisava se destacar, e foi o que aconteceu.
No ano de 2003, o seu segundo na faculdade, Collins teve sua grande temporada como safety. Nos 11 jogos em que foi titular, liderou a conferência em interceptações com 6 (uma sendo pick six) e ficou em terceiro em passes defendidos, com 14, resultando numa indicação ao time da conferência na temporada, primeira vez para os Wildcats.
No ano seguinte, como sênior, manteve o nível de seu jogo e de seus números, sendo eleito para o Third-Team da primeira divisão universitária americana, conquista gigantesca para a pequena universidade de Bethune-Cookman.
(Foto: Reprodução Site Oficial/Bethune-Cookam University)
Draft e carreira nos Packers
Com todo seu sucesso universitário, Nick Collins foi premiado sendo escolhido na segunda rodada (pick 51) do Draft de 2005. Foi considerado por muitos analistas de draft um "reach" - quando o jogador é escolhido antes do que supostamente deveria ser - muito provavelmente pela falta de competitividade de sua conferência universitária.
Sua temporada de calouro não seria fácil, especialmente pela cobrança forte de parte da torcida e da mídia, afinal, foi escolhido para substituir Darren Sharper (falarei mais sobre a frente) como free safety. Além disso, os Packers terminariam em último na divisão com 12 derrotas. Todavia, Collins foi um dos poucos que se salvou naquela temporada, entrando para o All-Rookie Team com bons números para um primeiro anista.
Temporada de 2008 - Breakout e transformação em um dos maiores
Após um ótimo ano de calouro, Collins teve duas temporadas com uma boa média de números, aumentando principalmente seu potencial de marcar o fundo do campo, a qual viria a ser sua maior virtude, sendo uma verdadeira ameaça para os quarterbacks adversários. Seus números em passes defendidos praticamente dobraram - também anotou sua primeira pick six. Mas foi na temporada seguinte, 2008, que Collins teve o melhor ano de sua carreira, sendo uma das melhores por um safety na história de Green Bay.
Em outro ano muito ruim dos Packers, com 10 derrotas e sendo o segundo pior time da NFC, novamente um dos poucos a ter se destacado positivamente foi Collins, mas dessa vez sendo um dos melhores jogadores defensivos da liga, a liderando com 15 passes defendidos, 7 interceptações - 3 delas sendo pick sixes - e tendo 295 jardas retornadas de interceptações, números completamente históricos. Para efeito de comparação, Deion Sanders teve 303 jardas retornadas em seu melhor ano no quesito.
Jogador/ano | Interceptações | Jardas retornadas de INT | Touchdowns defensivos |
---|---|---|---|
Collins/ 2008 | 7 | 295 | 3 |
Sanders/1994 | 6 | 303 | 3 |
Além de tudo isso, Collins conseguiu 60 tackles solo, um dos melhores números da liga entre os safeties, e o melhor número entre os free safeties. Tudo isso o premiou com seu primeiro Pro Bowl e também seu primeiro All-Pro da carreira. Injustamente, foi um Second Team All-Pro, muito por conta da horrível defesa dos Packers naquele ano, e muito também pelos seus concorrentes, entretanto, nessa temporada, merecia um first team facilmente.
As duas temporadas seguintes não foram tão extraordinárias como 2008, mas ainda sim foram excelentes, continuando ser um ótimo tackleador solo (lembrando que era o ponto mais fraco de seu jogo) e a grande ameaça de profundidade que sempre foi. Tudo isso resultou em mais dois Pro Bowls e mais dois Second Team All-Pro, sendo 3 nomeações seguidas para ambos.
Super Bowl XLV
Depois de 6 temporadas, algumas com times muito abaixo de seu nível, Collins finalmente consegue ir para o Super Bowl , enfrentando o Pittsburgh Steelers, e uma performance histórica o aguardava.
Ainda no primeiro quarto, Nick interceptou Ben Roethlisberger e retornou 37 jardas para o touchdown, gravando na história uma das jogadas defensivas mais bonitas em um Super Bowl, e com certeza a pick six mais memorável.
Além disso, foram 4 tackles solo e um passe defendido, sendo um dos melhores defensores de Green Bay naquele jogo. Indiscutivelmente, um dos principais nomes da conquista naquela temporada.
(Foto: Reprodução Site Oficial/Green Bay Packers)
Lesão, aposentadoria e seu lugar na história
No segundo jogo da temporada de 2011, Collins sofreu uma lesão gravíssima em seu pescoço, resultando em uma hérnia de disco no local, requisitando uma cirurgia. Foi dispensado pelos Packers em Abril de 2012, virtualmente já aposentado, porém foi apenas em 2014 que a notícia oficial foi anunciada, tendo sua carreira encerrada de maneira muito precoce.
Collins, na minha opinião, foi o segundo melhor jogador dos Packers na década de 2000, atrás apenas de Charles Woodson (leia sobre o nosso Forever dele aqui), e é certamente um dos maiores defensive backs de todos os tempos do time. Foi indicado ao Hall da Fama da franquia em 2016, o que pode ser triste, pois poderia estar jogando até hoje (36 anos).
Já dentro da NFL, poderia ter sido mais reconhecido. Jogou apenas metade da década, e teve como concorrência nomes como Troy Polamalu, Ed Reed, Brian Dawkins (os 3 são Hall da Fama da liga), Adrian Wilson e Darren Sharpener (seu antecessor). Todos considerados maiores de todos os tempos. Com mais tempo em atividade, teria o mesmo reconhecimento desses.
Mesmo assim, ainda existe a possibilidade de entrar no Hall da Fama da NFL, mas sinceramente, pouco me importa. O que ele fez pelos Packers está marcado na história, não importa o que aconteça. Abaixo alguns highlights:
E VOCÊ? VIU COLLINS JOGAR? SE VIU, COMENTE O QUE LEMBRA, SE NÃO, CORRA ATRÁS E VEJA!
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