Packers Forever – Brett Favre

Olá a todos, Queijos e Queijas! Sejam bem-vindos a mais uma edição do Packers Forever!

Hoje falaremos de um dos maiores ídolos da história dos Packers. Um jogador que teve uma importância absurda para nossa amada franquia, colocando-a novamente entre as melhores da liga. Se hoje estamos (mal) acostumados a todo ano irmos para os playoffs e disputarmos o título, é devido principalmente a este lendário quarterback:

Brett Lorenzo Favre

Com certeza você, leitor, já ouviu falar de Brett Favre. Um jogador que por 16 temporadas conduziu nosso time com consistência e determinação. Nesse período (1992 a 2007), os Packers foram oito vezes campeões de divisão, chegaram a cinco finais da NFC e duas vezes ao Super Bowl, tendo sido campeão do Super Bowl XXXI contra os Patriots. Sabe qual tinha sido a última vez antes de Favre que Green Bay havia chegado aos playoffs? Na temporada de 1982 (que foi encurtada por uma greve de jogadores) e, antes, na temporada de 1972.  Apenas duas aparições aos playoffs desde o bicampeonato de 1966-1967.

Fazia muito anos que os Packers não eram relevantes na NFL. Durante toda a década de 70 e 80, a franquia era vista como “pobre”. Por ter um clima frio e hostil e por ser um mercado consumidor pequeno, Green Bay era pouquíssimo atrativa para os principais jogadores da liga. Tudo mudou em 1992, ano em que os Packers fizeram uma troca que mudaria para sempre a história da franquia.

College e primeiros anos na liga

Favre teve uma boa carreira no College. Jogou quatro anos em Southern Mississippi, universidade considerada menor, mas que foi a única da primeira divisão a oferecer uma bolsa a Brett. De 1987 a 1990, foi titular em quase todos os jogos e passou para mais de 7500 jardas e 50 touchdowns, mostrando bons atributos físicos, correndo com a bola e um braço muito forte.

Em 1991, os Falcons selecionaram o jovem quarterback na segunda rodada (33a escolha geral). Na ocasião, Atlanta tinha um bom time, com um QB seguro (Chris Miller) e um bom reserva (Billy Joe Tolliver). Como resultado, Brett teve pouquíssimas chances. A boa temporada de Miller e uma escolha de primeira rodada vinda dos Packers fizeram os Falcons trocar Favre. Mal sabiam eles a burrada que tinham feito!

O início de uma nova era

Em 1992, demorou pouco tempo para Favre virar titular em Green Bay. Na semana 2, o titular Dan Majkowski se lesionou e Brett entrou em seu lugar. A partir daí, ele nunca mais seria reserva em sua longa e gloriosa carreira.

Os Packers terminaram 9-7 (fora dos playoffs) naquele ano e Favre foi eleito para seu primeiro pro bowl. Nos dois anos seguintes, o QB foi a mais um pro bowl (1993)  e os Packers finalmente retornaram aos playoffs (em ambos os anos). Era o início de uma nova era. Nesse meio tempo os Packers se tornaram um time muito mais atrativo, algo que fez, por exemplo, com que o lendário DE Reggie White assinasse com a franquia em 1993.

Melhores anos da carreira

Os próximos três anos foram especiais na carreira de Brett Favre. Nesse período, o camisa 4 dos Packers foi TRÊS VEZES CONSECUTIVAS MVP DA NFL. Sabe qual outro jogador conseguiu esse feito, até os dias de hoje? Isso mesmo, nenhum. Favre ainda foi líder da NFL em touchdowns lançados (juntamente com Peyton Manning e Drew Brees os únicos QBs a lançarem 35 ou mais TDs em três anos consecutivos), jogador ofensivo do ano e líder em jardas lançadas da liga (1995), além de três vezes first team All Pro.

Em 1996, Favre conquistou seu único anel da carreira. Os Packers venceram os Patriots no Super Bowl XXXI e terminaram com a seca de 28 anos sem títulos. Nessa temporada, Green Bay foi a equipe que mais pontuou e que menos cedeu pontos. Brett teve a grande ajuda de uma defesa brilhante, comandada por White. Em 1997, os Packers eram favoritos e chegaram mais uma vez ao Super Bowl, dessa vez perdendo para o Denver Broncos.

Meio da carreira e últimos anos em Green Bay

De 1998 a 2004, Favre levou os Packers a mais cinco playoffs. Seu melhor ano foi em 2003, quando pela quarta vez liderou a liga em touchdowns lançados (32). O QB foi ainda três vezes ao Pro Bowl nesse período.

No draft de 2005, os Packers escolheram Aaron Rodgers para ser o sucessor de Favre. Foi uma mistura de oportunidade imperdível (Rodgers estava cotado para sair bem antes da 24a escolha) com o possível declínio de Brett, que já tinha 35 anos. De fato, os dois próximos anos de Favre foram bem ruins, sendo que em 2005 ele teve o recorde pessoal em interceptações em uma temporada (29).

Em 2007, Brett Favre teve um ano bom, levando os Packers à final da conferência nacional (derrota para os Giants, que viriam a ser campeões). Em 2008, anunciou sua aposentadoria mas depois voltou atrás. Em meio a um impasse se continuaria em Green Bay, pediu para ser trocado e foi para os Jets.

Aposentadoria e legado

Jogou apenas 2008 pelos Jets, tendo um ano modesto. Em 2009, após mais uma vez anunciar sua aposentadoria, acabou por assinar com os Vikings. Naquele ano, Favre levou a franquia à final da conferência nacional (derrota para os Saints), em um dos melhores anos de sua carreira (33 touchdowns e apenas 7 interceptações). Em 2010 teve um ano muito abaixo, perdendo os últimos 3 jogos da temporada por lesão. Era o fim de um recorde absurdo, que perdura até os dias atuais: Brett Favre JOGOU 297 JOGOS SEGUIDOS COMO TITULAR, disparado a maior sequência da história da liga. Abaixo, um quadro com os recordistas:

Titularidade em jogos consecutivos - carreira

RankingPosiçãoJogadorPeríodoPartidas
1QBBrett Favre1992 - 2010297
2DEJim Marshall1961 - 1979270
3CMick Tingelhoff1962 - 1978240
4OLBruce Matthews1987 - 2002229
5RGWill Shields1993 - 2006223

É isso mesmo. A partir do momento em que Favre se tornou titular, ele nunca mais perdeu uma partida sequer, seja por lesão ou por opção técnica. O verdadeiro “Iron Man” da NFL.

É inegável o legado deixado por Brett Favre. Em 2015, os Packers aposentaram a camisa 4 de Brett e o incluíram no Hall da Fama da franquia. Em 2016, ele foi eleito para o Hall da Fama da NFL. Os dois maiores reconhecimentos que se pode ter a um jogador.

Favre não era um primor técnico. Entre os maiores QBs da liga é de longe o que mais sofreu interceptações (foram 366 ao todo, somando playoffs). Mas sua consistência, sua capacidade de levar os Packers a vitórias e seus números o colocam sim no topo. Brett está entre os primeiros em muitas estatísticas, como podemos ver nos quadros a seguir:

Líderes em touchdowns - carreira

1Drew Brees547
2Tom Brady541
3Peyton Manning539
4Brett Favre508
5Dan Marino420

Líderes em passes completos - carreira

1Drew Brees6.867
2Tom Brady6.377
3Brett Favre6.300
4Peyton Manning6.125
5Dan Marino4.967

Líderes em jardas passadas - carreira

1Drew Brees77.416
2Tom Brady74.571
3Peyton Manning71.940
4Brett Favre71.838
5Dan Marino61.361

Líderes em tentativas de passe - carreira

1Brett Favre10.169
2Drew Brees10.161
3Tom Brady9.988
4Peyton Manning9.380
5Dan Marino8.358

Mais vitórias na temporada regular - carreira

1Tom Brady219
2Brett Favre186
2Peyton Manning186
4Drew Brees163
5John Elway148

Abaixo, os principais feito de Favre ao longo de suas 20 temporadas na liga:

  • Campeão do Super Bowl XXXI;
  • 3 vezes MVP da NFL de forma consecutiva (1995-1997);
  • 11 vezes selecionado ao Pro Bowl (1992-1993, 1995-1997, 2001-2003 e 2007-2009);
  • 3 vezes first-team All Pro (1995-1997);
  • 3 vezes second-team All Pro (2001-2002 e 2007);
  • Jogador ofensivo do ano da NFL (1995);
  • 4 vezes líder em touchdowns lançados na temporada (1995-1997 e 2003);
  • 3 temporadas seguidas com 35 ou mais touchdowns (1995-1997);
  • Reserva do time da década de 1990 da NFL;
  • Eleito para o time de todos os tempos da NFL, na edição de centésimo aniversário da liga (10 QBs foram selecionados ao todo);
  • Hall da Fama dos Packers, tendo a camisa 4 que usava aposentada;
  • Hall da Fama da NFL, eleito em 2016.

Highlights

Fonte: reprodução site oficial/ Green Bay Packers

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Comentarios

Dec. 31, 1967, on the couch, next to my dad and brother, Tom. No. 15 sneaks behind No. 64. I jump off the couch with the intensity only a 14-year-old can muster. My dad laughs and we share a moment that put us in Green and Gold forever. I grew up in Utah with no NFL team to cheer for and my family never watched football. In the early ‘, my oldest sister got a new boyfriend, and he was trying to bond with me so he said, “Paul, I’m going to teach you about football and the greatest quarterback in the world, Brett Favre.” After the first game watching the man play, I was hooked for life.

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